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Em evento do PPS, Serra defende união das forças de oposição a Dilma

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) participa da conferência realizada pelo PPS - Andre Borges/FolhaPress
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) participa da conferência realizada pelo PPS Imagem: Andre Borges/FolhaPress

12/04/2013 17h39

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) defendeu nesta sexta-feira (12), em debate promovido pelo PPS, a união das forças de oposição ao governo Dilma Rousseff e declarou que trabalhará por essa unidade. "Eu vou trabalhar para que essas forças estejam agrupadas", disse. "Se será em torno de um ou mais candidatos, é uma decisão para depois".

Perguntado se apoiaria o pré-candidato tucano Aécio Neves (MG) ao comando do PSDB, Serra afirmou: "Se for [candidato], claro". Para a Presidência da República, entretanto, o ex-governador disse apenas que era "um bom nome".

Em tom otimista, emendou: "Não podemos ser derrotistas, nada é irremovível", lembrando a eleição de 2010, quando recebeu 44% dos votos em um momento em que "tudo era contra a oposição".

Um dia após Aécio ter participado da mesma conferência, Serra fez duras críticas a Dilma e aos governos do PT. "Esse governo mostra que é capaz de tudo para vencer a eleição", disse. "Esse governo deixará uma herança para o sucessor igual à que o regime militar deixou para [José] Sarney e à que [Fernando] Collor deixou para Itamar [Franco]", disse.

Na economia, que está "em marcha lenta", segundo ele, Serra disse que o investimento público "está no chão e é mal feito" ao citar como exemplos a ferrovia Transnordestina e o Trem de Alta Velocidade (TAV). "O modelo está esgotado, a inflação está voltando e o governo mostra inépcia na administração. O Custo Brasil é um dos grandes problemas, tornando o produto brasileiro 50% mais caro que os concorrentes".

Serra também fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que o petista poderia ser incluído no Guinness Book, o livro dos recordes. "Por três motivos: ele tem origem operária, mas trouxe a desindustrialização, acabou com a indústria; defendia o nacionalismo, mas acabou com a Petrobras; e, num momento de bonança externa, provocou a estagnação da economia no Brasil", resumiu.