Ruralistas preparam paralisação nacional de rodovias
Os ruralistas aderiram à estratégia dos índios. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne mais de 200 parlamentares, organiza uma paralisação nacional de rodovias por todo o país.
O objetivo é fechar as estradas no dia 14 de junho. O ato de protesto, segundo o deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), cobra a paralisação imediata dos processos de demarcação de terras indígenas e quilombolas.
"Vamos discutir os detalhes dessa paralisação em reunião na próxima terça-feira, que vai parar as vias principais de transporte do país. Vamos acertar os horários", diz Alceu Moreira (PMDB/RS), que é o autor do pedido da CPI da Funai e do Incra.
No mesmo dia, a frente tem uma reunião com o vice-presidente Michel Temer. "O governo tem, sistematicamente, protelado decisões. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é especialista em ser educadíssimo, mas quando você sai da reunião, ele acelera as demarcações", criticou Moreira.
Perguntado sobre as razões que levaram os ruralistas decidiram a aderir à estratégia de protesto comumente utilizada pelos índios, Moreira disse que é a única forma que o governo tem se sensibilizado para o tema. "Não temos alternativa, tem que bater a cabeça e paralisar. Essa é a única música que o governo escuta", comentou.
"Vamos mobilizar o país, colocar tratores na estrada. Vamos reunir coordenadores em cada Estado e comunicar a Polícia Federal", disse. "Essa vigarice de demarcação se espalhou no país inteiro. Estamos testemunhando um Estado ladrão."
O governo quer mudar as regras de demarcações indígenas, incluindo no processo dados da Embrapa, do Incra e do Ministério do Meio Ambiente. Essa atribuição, até hoje, é da Funai. Os índios se rebelaram contra a proposta do governo e também prometem manifestação.
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