Inauguração de ponte vira ato eleitoral de Chávez
A inauguração da ponte sobre o Rio Orinoco, da qual participou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, em Ciudad Guayana, na Venezuela, foi, na prática, um ato de campanha eleitoral do presidente venezuelano Hugo Chávez, candidato à reeleição nas eleições do dia 3 de dezembro.
O ato reuniu dezenas de milhares de militantes chavistas, vestidos de vermelho - a cor do governo e da campanha de Chávez. “Rojo, rojito&?8221; é a maneira como se qualifica, na Venezuela, uma pessoa ou instituição que apóia o presidente Chávez.
Embora Chávez tenha inaugurado a ponte na condição de presidente, as agendas de presidente e candidato estão misturadas na Venezuela, onde não existe a separação que foi seguida no Brasil nas últimas eleições.
Chávez lidera a maior parte das pesquisas de intenção de voto, mas elas mostram resultados tão diferentes que os analistas não consideram que sirvam como um quadro confiável da disputa.
Visita atrasada
Em conversa com os jornalistas brasileiros, o presidente Lula explicou que já deveria ter vindo ao país em julho, mas não veio porque a lei eleitoral brasileira impede inaugurações, inclusive no exterior. Ele foi questionado se as inaugurações eram permitidas durante a campanha venezuelana. &?8220;Deve permitir&?8221;, respondeu com um sorriso.
Chávez disse que assim como Lula fez à Venezuela sua primeira viagem ao exterior depois de eleito, ele vai fazer ao Brasil sua primeira viagem depois do pleito, caso seja reeleito. Chávez disse que vai ao Brasil no dia 7 de dezembro, poucos dias após a eleição.
Perguntado se a visita de Lula o ajudava na campanha, Chávez negou. &?8220;Não, ele me ajuda na integração (da América do Sul)&?8221;, afirmou. &?8220;Não estou fazendo campanha para mim. Aqui é campanha para o Mercosul&?8221;, afirmou o presidente venezuelano.
Barrados
A multidão que acompanhou a cerimônia dificultou a chegada da comitiva brasileira ao local. O presidente Lula seguiu de helicóptero para o lado norte da ponte, que percorreria em carro aberto junto com Chávez.
Mas jornalistas, funcionários do cerimonial e convidados do governo &?8211; como o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos e o senador Marcelo Crivella &?8211; tiveram que percorrer cerca de dois quilômetros a pé, depois que os ônibus que transportavam a comitiva ficaram parados no congestionamento.
Na entrada da ponte, a comitiva foi barrada até que os militares brasileiros conseguiram conversar com os colegas venezuelanos e liberar a entrada, também a pé, até o local da cerimônia.
Depois que os dois presidentes chegaram, examinaram o mapa do projeto e falaram com a imprensa, uma multidão tomou conta do local e houve muito empurra-empurra para conseguir retirar Lula e Chávez do local.
Continua...
O ato reuniu dezenas de milhares de militantes chavistas, vestidos de vermelho - a cor do governo e da campanha de Chávez. “Rojo, rojito&?8221; é a maneira como se qualifica, na Venezuela, uma pessoa ou instituição que apóia o presidente Chávez.
Embora Chávez tenha inaugurado a ponte na condição de presidente, as agendas de presidente e candidato estão misturadas na Venezuela, onde não existe a separação que foi seguida no Brasil nas últimas eleições.
Chávez lidera a maior parte das pesquisas de intenção de voto, mas elas mostram resultados tão diferentes que os analistas não consideram que sirvam como um quadro confiável da disputa.
Visita atrasada
Em conversa com os jornalistas brasileiros, o presidente Lula explicou que já deveria ter vindo ao país em julho, mas não veio porque a lei eleitoral brasileira impede inaugurações, inclusive no exterior. Ele foi questionado se as inaugurações eram permitidas durante a campanha venezuelana. &?8220;Deve permitir&?8221;, respondeu com um sorriso.
Chávez disse que assim como Lula fez à Venezuela sua primeira viagem ao exterior depois de eleito, ele vai fazer ao Brasil sua primeira viagem depois do pleito, caso seja reeleito. Chávez disse que vai ao Brasil no dia 7 de dezembro, poucos dias após a eleição.
Perguntado se a visita de Lula o ajudava na campanha, Chávez negou. &?8220;Não, ele me ajuda na integração (da América do Sul)&?8221;, afirmou. &?8220;Não estou fazendo campanha para mim. Aqui é campanha para o Mercosul&?8221;, afirmou o presidente venezuelano.
Barrados
A multidão que acompanhou a cerimônia dificultou a chegada da comitiva brasileira ao local. O presidente Lula seguiu de helicóptero para o lado norte da ponte, que percorreria em carro aberto junto com Chávez.
Mas jornalistas, funcionários do cerimonial e convidados do governo &?8211; como o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos e o senador Marcelo Crivella &?8211; tiveram que percorrer cerca de dois quilômetros a pé, depois que os ônibus que transportavam a comitiva ficaram parados no congestionamento.
Na entrada da ponte, a comitiva foi barrada até que os militares brasileiros conseguiram conversar com os colegas venezuelanos e liberar a entrada, também a pé, até o local da cerimônia.
Depois que os dois presidentes chegaram, examinaram o mapa do projeto e falaram com a imprensa, uma multidão tomou conta do local e houve muito empurra-empurra para conseguir retirar Lula e Chávez do local.
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