Vôos freqüentes e longos podem causar psicose, diz estudo
Pessoas que fazem muitos vôos de longa distância com freqüência, como tripulantes de aviões, correm risco de desenvolver problemas de saúde, de acordo com estudo britânico.
Além do fenômeno conhecido como jetlag, os distúrbios ocasionados pelas mudanças de fusos horários, um desajuste no relógio biológico pode levar a distúrbios emocionais e psicóticos.
Os pesquisadores atribuem isso a distúrbios nos padrões hormonais e do sono, disse artigo na revista especializada The Lancet.
A equipe da Universidade John Moores, de Liverpool, revisou mais de 500 artigos publicados sobre aviação e saúde.
Os pesquisadores encontraram relatos de tripulantes com diminuição do desempenho cognitivo e problemas de saúde mental, inclusive breves episódios de psicose - perda do contato com a realidade.
E aeromoças disseram que têm distúrbios no ciclo menstrual ligados à irregularidade de seu trabalho.
Os autores do estudo, Jim Waterhouse e seus colegas, oferecem dicas para limitar a fadiga e o jetlag resultantes de viagens, tais como buscar ou evitar exposição à muita iluminação no destino, para ajudar a ajustar o relógio biológico.
Uma xícara de café forte e exercícios ajudam o viajante a ficar acordado quando as reservas do corpo estão no fim, dizem os cientistas.
Mas eles ressaltam que não há como impedir o jetlag e recomendam cautela no uso de medicamentos sem licença como melatonina - o hormônio secretado durante o sono.
Eles recomendam que se a viagem levar ao cruzamento de menos de três fusos horários, provavelmente o jet lag não será um grande problema para a maioria das pessoas.
Dicas
E se o viajante permanecer em seu destino por um período muito breve - geralmente menos de três dias - para que o relógio biológico se ajuste, é melhor manter os padrões de sono e alimentação de seu lugar de origem.
Se a viagem inclui mais de três fusos horários e a estadia é de mais de três dias, vale a pena adaptar os padrões de sono e atividades do local de destino.
Vôos para o oriente geralmente causam os piores sintomas do que rumo ao ocidente, dizem os pesquisadores.
De maneira geral, com vôos para o oriente o número de dias necessários para uma recuperação é equivalente a dois terços dos fusos horários atravessados. Em vôos para o ocidente, o número de dias é a metade do de fusos horários atravessados.
Um porta-voz do Departamento de Aviação Civil da Grã-Bretanha disse: "Nós não estamos cientes de que pilotos em vôos de longa distância têm incidência maior de distúrbios psicóticos ou grandes distúrbios afetivos do que a população em geral."
Segundo ele, é muito raro para uma tripulação ficar fora mais de três dias e, portanto, ela tende a manter os padrões ditados pelos relógios na Grã-Bretanha.
Há regulamentos sólidos para saúde e segurança, inclusive limites para tempo de vôo. Pilotos registrados na Grã-Bretanha são proibidos de voar mais de 900 horas por ano, disse o porta-voz.
Além do fenômeno conhecido como jetlag, os distúrbios ocasionados pelas mudanças de fusos horários, um desajuste no relógio biológico pode levar a distúrbios emocionais e psicóticos.
Os pesquisadores atribuem isso a distúrbios nos padrões hormonais e do sono, disse artigo na revista especializada The Lancet.
A equipe da Universidade John Moores, de Liverpool, revisou mais de 500 artigos publicados sobre aviação e saúde.
Os pesquisadores encontraram relatos de tripulantes com diminuição do desempenho cognitivo e problemas de saúde mental, inclusive breves episódios de psicose - perda do contato com a realidade.
E aeromoças disseram que têm distúrbios no ciclo menstrual ligados à irregularidade de seu trabalho.
Os autores do estudo, Jim Waterhouse e seus colegas, oferecem dicas para limitar a fadiga e o jetlag resultantes de viagens, tais como buscar ou evitar exposição à muita iluminação no destino, para ajudar a ajustar o relógio biológico.
Uma xícara de café forte e exercícios ajudam o viajante a ficar acordado quando as reservas do corpo estão no fim, dizem os cientistas.
Mas eles ressaltam que não há como impedir o jetlag e recomendam cautela no uso de medicamentos sem licença como melatonina - o hormônio secretado durante o sono.
Eles recomendam que se a viagem levar ao cruzamento de menos de três fusos horários, provavelmente o jet lag não será um grande problema para a maioria das pessoas.
Dicas
E se o viajante permanecer em seu destino por um período muito breve - geralmente menos de três dias - para que o relógio biológico se ajuste, é melhor manter os padrões de sono e alimentação de seu lugar de origem.
Se a viagem inclui mais de três fusos horários e a estadia é de mais de três dias, vale a pena adaptar os padrões de sono e atividades do local de destino.
Vôos para o oriente geralmente causam os piores sintomas do que rumo ao ocidente, dizem os pesquisadores.
De maneira geral, com vôos para o oriente o número de dias necessários para uma recuperação é equivalente a dois terços dos fusos horários atravessados. Em vôos para o ocidente, o número de dias é a metade do de fusos horários atravessados.
Um porta-voz do Departamento de Aviação Civil da Grã-Bretanha disse: "Nós não estamos cientes de que pilotos em vôos de longa distância têm incidência maior de distúrbios psicóticos ou grandes distúrbios afetivos do que a população em geral."
Segundo ele, é muito raro para uma tripulação ficar fora mais de três dias e, portanto, ela tende a manter os padrões ditados pelos relógios na Grã-Bretanha.
Há regulamentos sólidos para saúde e segurança, inclusive limites para tempo de vôo. Pilotos registrados na Grã-Bretanha são proibidos de voar mais de 900 horas por ano, disse o porta-voz.