Imigrantes organizam 'greve' e atos nos EUA diante de deportações
Imigrantes latino-americanos, brasileiros e de diversas nacionalidades espalharam cartazes e mensagens convocando para este fim de semana uma "greve" no estado de Massachusetts, nos EUA. O ato é uma tentativa de conscientizar a sociedade do papel desses estrangeiros na economia local.
A ofensiva de Donald Trump contra imigrantes irregulares tem causado pânico entre os estrangeiros, levando muitos deles a deixar de enviar seus filhos para as escolas. Em outros casos, restaurantes e mesmo fazendas começam a sentir o impacto das deportações, com o medo se instalando e evitando que os trabalhadores se apresentem às empresas.
Numa mensagem difundida nesta sexta-feira, um grupo não identificado apela por uma "greve". "Somos um povo só. Unidos somos mais fortes", diz. "Somos pessoas e cidadãos de bem e somo a maioria", indicou.
O apelo à greve se refere aos dias 1 e 2 de fevereiro e pede que, aqueles que possam, evitem ir ao trabalho. "Este governo movimenta a economia sobre nossos esforços", afirma. "Abram os olhos e vejam o poder que temos", completa.
Enquanto isso, entidades de assistência aos imigrantes estão convocando uma greve geral no dia 9 de fevereiro, data do Super Bowl, na Filadélfia, para mostrar como os imigrantes são importantes para a economia regional.
Nesta sexta-feira, as entidades se reuniram na porta da prefeitura para anunciar que a greve é uma resposta ao impacto que as ordens de imigração do governo Trump estão tendo nas comunidades de todo o estado.
"Já estamos vendo comunidades em toda a nossa cidade, nosso estado, esta nação aterrorizada, famílias separadas pelo ICE, refugiados e direitos dos requerentes de asilo sendo negados", disse Jasmine Rivera, diretora executiva da Pennsylvania Immigration Coalition.
Rivera disse que a ação continuará com um boicote às empresas até o Dia de São Valentino, em 14 de fevereiro.
7 comentários
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Marcel da Silva Sabino
Os EUA foram um país construído por imigrantes desde sua fundação. É fato que a economia estadunidense é dependente da mão de obra barata dos imigrantes que são explorados em troca do sonho americano que eles acreditaram ser o país das oportunidades e da liberdade. Essa é a ótica do liberalismo econômico sob o qual os EUA foram fundados e também da supremacia branca e do protestantismo.
Hélio Cazelli
Os Americanos burros , caros e preguiçosos não votaram no Trump para reaver empregos ? Está aí a oportunidade. Roçar e colher nas lavouras , limpar sanitários de hospitais , bares , restaurantes , assentar tijolos e bater lajes nas construções. Bora trabalhar seus barrigudos ...
Braz Augusto de Campos
Tem que parar o país mesmo , as empresas americanas não vive sem imigrantes , se tiver que contratar americanos o que para algumas áreas será difícil o salário terá que ser maior e a inflação sairá do controle . O Estados Unidos não é mais um império .