Marinha cria comercial com ofensa aos patrocinadores
Antecipando-se ao Dia do Marinheiro, 13 de dezembro, a Marinha levou às redes sociais um vídeo inusitado. Nele, insinua que, enquanto seus marujos ralam em treinamentos pesados, o brasileiro paisano desfruta do ócio em praias, baladas, festas, viagens e estádios.
Divulgada no domingo, a filmagem termina com a declaração de uma marinheira, puxando correntes: "Privilégios? Vem pra Marinha".
Embora escamoteada, a crítica ao pacote de corte de gastos do governo é indisfarçável. Em condições normais, a reação dos militares à tentativa de podar parte dos seus privilégios seria apenas desagradável. Torna-se absurda quando se considera que os cortes impostos ao Brasil sem farda afetam do salário mínimo aos programas de socorro assistencial.
O ingrato convencional escarra no prato que comeu. A Marinha do Brasil decidiu cuspir em quem financia a mesa, o prato, os talheres, a comida, os privilégios e até a produção de vídeos que ofendem a inteligência alheia.
A Marinha produziu um tipo novo de propaganda —um comercial cujo conteúdo ofende os patrocinadores. Os oficiais que idealizaram o vídeo sobre o trabalho duro da Marinha não tinham o que fazer.
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