Até aliados rosnam para Trump
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Os fatos não deixam de existir apenas porque são ignorados por presidentes imperiais como Trump. Avolumam-se as evidências de que as forças capazes de deter o imperialismo tosco da Casa Branca moram ao lado.
Um dia depois de os produtos importados do Canadá e do México começarem a pagar alíquota de 25% na alfândega americana, Trump piscou para seus apoiadores das montadoras de automóveis. Cedeu isenção de um mês à indústria automobilística.
Também aliados de Trump, os ruralistas que sonhavam com a "América grande de novo" estão agora assustados com a perspectiva de encolhimento dos negócios. Rosnam para o governo.
A insensatez tarifária reduz a procura por produtos agrícolas americanos no exterior num instante em que os produtores precisam planejar o plantio da safra 2025/2026. Dissemina-se a percepção de que Trump premia o já pujante agronegócio brasileiro, sobretudo na China.
Simultaneamente, a Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, rejeitou recurso de Trump contra decisão da primeira instância do Judiciário que mandou pagar cerca de US$ 2 bilhões em socorro humanitário que o governo pretendia cortar. Coisa tocada no exterior pela Agência de Desenvolvimento Internacional, a Usaid, e pelo Departamento de Estado.
É como se os aliados capitalistas e os simpatizantes de toga informassem a Trump que, embora ele odeie os fatos, a realidade ainda é o único lugar onde os Estados Unidos podem encontrar bons negócios, apreço ao humanismo e algum respeito às leis.
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