Raquel Landim

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Ciro Nogueira dá a tréplica e diz que Malafaia tem 'sinais de demência'

A briga pública entre o senador Ciro Nogueira (PP) e o pastor Silas Malafaia já chegou na tréplica.

Em suas redes sociais, Ciro disse que Malafaia "vem dando seguidos sinais de desequilíbrio, talvez demência".

"Desejo seu pronto restabelecimento e o tratamento mais urgente com o melhor psiquiatra. Temos de ter misericórdia, mesmo com os execráveis. Deus o proteja", escreveu o senador e presidente do PP em suas redes.

A confusão entre os apoiadores mais próximos de Jair Bolsonaro começou depois de uma entrevista do pastor para a colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, em que Malafaia acusou o ex-presidente de "oportunismo" por manter um pé em cada canoa no primeiro turno das eleições municipais.

Malafaia chamou Bolsonaro de "covarde", "omisso". "Que porcaria de líder é esse?", questionou o pastor. Malafaia revelou ainda momentos particulares do ex-presidente como o choro ao telefone diante da possibilidade de ser preso.

Bolsonaro disse que não brigaria com o pastor, mas sua família e pessoas próximas tomaram as dores.

Em entrevista ao UOL News, Ciro chamou Malafaia de "execrável".

"O erro (de Bolsonaro) é aceitar figuras como Silas Malafaia, que é uma figura completamente execrável, que não lidera nada", afirmou o senador. "Ele não é líder de coisa nenhuma. É uma pastor líder de internet, que não tem nem igreja representativa no país".

Neste sábado, em conversa com a colunista Letícia Casado do UOL, Malafaia disse que Ciro faz parte de uma "direita prostituta", que representa o "lixo da política".

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Questionado pela coluna, o senador respondeu que decidiu entrar na briga com Malafaia, porque o pastor "atacou covardemente Bolsonaro".

A avaliação dos coordenadores da campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) é que a divisão pública da direita não ajuda. Bolsonaro já teria, inclusive, se comprometido a gravar com Nunes no dia 22 de outubro.

Os votos da extrema direita, que estavam com Pablo Marçal (PRTB,) migraram para Nunes. Pesquisa Datafolha mostrou que 84% dos eleitores de Marçal devem votar no prefeito no segundo turno.

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