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A CPI das pesquisas eleitorais "nasceu morta", diz Simone Tebet
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Terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial, a senadora Simone Tebet (MDB) acredita que não será instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os erros das pesquisas eleitorais.
Em entrevista ao UOL nesta sexta-feira, Simone Tebet explica por que não deverá haver CPI. Segundo ela, primeiro porque, se o ex-presidente Lula (PT) sair vitorioso, não haverá mais um governo com interesse na instalação da comissão.
Bolsonaristas no Congresso já começaram a recolher assinaturas para a CPI como forma de pressionar os institutos de pesquisa no 2º turno das eleições.
No primeiro turno os principais institutos apontaram a vitória de Lula por uma diferença maior em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) do que o resultado das urnas. Os bolsonaristas afirmam que haveria uma espécie de complô.
Simone, no entanto, explica que os institutos acertaram em relação a Lula, a ela e ao candidato do PDT, Ciro Gomes. Mas os votos dela e de Ciro Gomes foram desidratados na reta final, transferindo-se para Bolsonaro.
"O eleitor ficou em dúvida sobre matar a eleição no 1º turno", explica. Daí o presidente ter tido mais intenções de voto nas últimas horas, diminuindo sua diferença em relação a Lula nas urnas.
"Cuidado com essa coisa de criminalizar as pesquisas. Eu já vi esse filme antes, lá atrás, quando se tentava calar a imprensa", advertiu Tebet.
A senadora também vê outros motivos que inviabilizam a instalação da CPI.
Primeiro, porque o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também não está propenso e nenhuma CPI é instalada no final de uma legislatura. E virando o ano "o país estará preocupado com outras coisas, com um país inteiro a ser restaurado. Acho que essa CPI nasceu morta".
Sobre o resultado final da eleição, agora no 2º turno, Simone disse acreditar na vitória de Lula. Ela avalia que a parcela de seus eleitores e de Ciro que optariam por Bolsonaro já migraram no 1º turno e que os que restaram tendem e ir para Lula.
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