Lula tenta se esquivar da armadilha montada na sucessão de Arthur Lira
Tudo que Arthur Lira (PP-AL) não queria era que a disputa por sua sucessão fosse antecipada. Mas as campanhas já estão na rua. E agora, tudo que os aliados de Lira querem é envolver o presidente Lula (PT) nessa disputa.
Lula sabe que há uma bomba-relógio à sua espera que será acionada assim que ele escolher um candidato.
Até dentro do PT e entre os ministros do governo há divisões sobre qual deve ser o comportamento do presidente.
Aliados de Lira, como o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendem que Lula tem que ter um candidato e esperam que Lira influencie nessa escolha.
Já o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), defende qualquer coisa menos o fortalecimento de Arthur Lira.
A reforma ministerial se tornou um dos instrumentos dessa disputa. E é por isso que Lula tem adiado o anúncio dos novos ministros. Ele quer se assegurar de que não está acionando o gatilho das armadilhas preparadas no Congresso.
Só saberemos se o presidente se saiu bem desse processo lá pela metade do ano que vem. É nesse período que as candidaturas mais fortes ao comando da Câmara começam a se destacar.
E é quando saberemos se Arthur Lira conseguiu fazer o presidente da República refém de sua estratégia.
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