Exército não tomou governo, nem prendeu ministros no Equador
O Exército do Equador não tomou o poder no país. O presidente Daniel Noboa declarou estado de exceção e continua em exercício.
Também não é verdade que o Exército tenha prendido ministros da Suprema Corte.
A checagem foi sugerida ao UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.
Relacionadas
O que diz o post
Uma foto que mostra militares com a bandeira do Equador no braço é compartilhado com o seguinte texto sobreposto: "Exército equatoriano toma o pais prende ministros do STF e esquerdistas pilantras". Em cima da imagem está escrito "parabéns exército equatoriano".
Por que é falso
Não é verdade que o Exército tenha tomado o poder no Equador. O presidente Daniel Noboa declarou estado de exceção em decorrência dos ataques de facções criminosas, mas ele continua no exercício da função (veja aqui, aqui, aqui e aqui, no site da Presidência do Equador). A medida possibilita que o presidente mobilize militares nas ruas e suspenda direitos civis. Um toque de recolher também foi ordenado (leia aqui).
Também não há registro que o Exército tenha prendido ministros da Suprema Corte do Equador, que é chamada de 'Corte Constitucional del Ecuador'. No site oficial da instituição é possível verificar que ela está funcionando normalmente (veja aqui), inclusive há registros de audiências e eventos realizados recentemente no perfil oficial da corte no YouTube (aqui e aqui). A corte é composta de nove juízes e juízas (aqui).
O que aconteceu no Equador
O país vive uma crise de segurança pública, depois que um traficante da facção Los Choneros, conhecido como Fito, fugiu de um presídio no dia 8 de janeiro. Uma série de ataques no porto de Guayaquil deixou oito pessoas mortas. No dia 9 de janeiro, traficantes invadiram a transmissão de uma TV e fizeram reféns (leia aqui, aqui e aqui). Ao todo, 13 pessoas morreram em decorrência da onda de violência.
Um dos principais motivos apontados para a crise é a guerra às drogas liderada pelos EUA, que dificultou o tráfico via México e Colômbia. Isso transformou o porto de Guayaquil em uma nova porta de saída das drogas em direção à América do Norte (veja aqui e aqui).
Este conteúdo também foi checado por AFP.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.