Bando que usa explosivos faz 5º roubo no RS em um mês
Um bando que utiliza explosivos para assaltar bancos e estabelecimentos comerciais em pequenas cidades do interior fez seu 5º ataque na madrugada desta terça-feira (9) no Rio Grande do Sul no intervalo de um mês.
Criminosos explodem loja em posto no RS
A quadrilha explodiu o caixa-forte de um posto de gasolina localizado na cidade de Igrejinha, a cerca de 70 quilômetros de Porto Alegre. A Brigada Militar não informou o valor roubado.
Os primeiros ataques no Estado começaram há um mês. Um grupo de criminosos explodiu dois caixas eletrônicos localizados num supermercado da mesma cidade durante a madrugada. A violência da explosão assustou os bandidos, que fugiram sem roubar nada.
Uma semana depois, armados com fuzis, bandidos invadiram uma agência do Banco do Brasil na cidade de Sertão Santana, a 100 quilômetros de Porto Alegre, e explodiram o cofre. A ação foi durante a madrugada.
Em março, foram realizados dois ataques: no dia 2, uma agência do Banco do Brasil também foi alvo de explosivos no município de Dois Lajeados, no Vale do Taquari. Mais uma vez, usaram explosivos para detonar o cofre e roubar dinheiro. No dia 5, o alvo foi uma agência do mesmo banco na cidade de Dom Feliciano, no sul do Estado. A técnica utilizada foi a mesma dos ataques anteriores. Em todas as cidades, o efetivo da Brigada Militar é mínimo.
Nas ações, os bandidos estavam fortemente armados e não enfrentaram resistência por parte do policiamento local. Em Sertão Santana, os bandidos chegaram a trocar tiros com seguranças e soldados da Brigada Militar, mas ninguém foi preso.
Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Ranolfo Vieira Júnior, os indícios levam a polícia a acreditar que se trata da mesma quadrilha. Segundo o delegado, a técnica é bastante utilizada em Estados do Norte e do Nordeste do país, mas nunca tinha sido observada no Rio Grande do Sul.
“Precisamos fechar o cerco sobre esses bandidos. Quem explode uma agência bancária é capaz de qualquer coisa”, disse Vieira Júnior. Mas o delegado admite que a polícia não tem pistas dos assaltantes.
A polícia gaúcha ainda não identificou o material explosivo usado pelos criminosos, que dependem de perícia. “Pelos estragos provocados nas agências, é bem possível que seja dinamite”, disse o delegado Juliano Ferreira, encarregado pelas investigações. A informação é importante para que a polícia possa rastrear a origem do produto e, assim, obter pelo menos uma pista da quadrilha.
Como atacam durante a madrugada, os criminosos não são vistos pela população. Na ação desta madrugada, um casal de namorados que estava próximo ao posto de gasolina e o vigia do estabelecimento, que se escondeu e avisou a Brigada Militar assim que viu o bando se aproximando, testemunharam a ação.
Segundo Ferreira, quatro homens armados e a bordo de um VW Polo em alta velocidade chegaram no posto por volta das 0h20. A tiros, quebraram a vidraça da entrada e se dirigiram ao cofre. A loja estava estava fechada no momento do ataque.
Ocorrência registrada pela Brigada Militar informa que o veículo foi abandonado pouco tempo depois da ação na cidade de Parobé, vizinha de Igrejinha. As câmeras de segurança do posto estavam desligadas. Segundo a ocorrência, os bandidos estavam monitorando a ação da Brigada Militar por rádio.
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