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Paes exime prefeitura de culpa e diz que excesso de chuva é responsável por caos no Rio

Encosta desliza na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, e mata uma mulher - Vanderlei Almeida/AFP
Encosta desliza na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, e mata uma mulher Imagem: Vanderlei Almeida/AFP

Do UOL Notícias

No Rio de Janeiro e em São Paulo

06/04/2010 12h17

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), eximiu a responsabilidade da prefeitura e culpou exclusivamente o excesso de chuva pelo caos instalado na capital fluminense. De acordo com ele, na história recente da cidade nunca houve uma chuva como a das últimas 24 horas.

“A prefeitura estava preparada. Não havia previsão de chuva dessa intensidade. Não há galeria limpa que resista a esse volume de água”, disse Paes em entrevista coletiva.

O prefeito citou dados da prefeitura que indicam que a chuva ocorrida entre ontem e hoje superou marcas históricas anteriores. Segundo Paes, em 24 horas choveu 288 mm, contra 245 mm em 1966, 230 mm em 1988 e 201 mm em 1996.

A prefeitura está convocando empreiteiras em caráter de emergência para ajudar a desobstruir as principais vias da cidade. Os trabalhos devem começar na avenida Niemayer (ligação entre a zona sul e a Barra da Tijuca, na zona oeste), estrada Grota Funda (zona oeste) e praça da Bandeira (Centro), de acordo com Paes. “As decisões serão conservadoras. Onde houver [a possibilidade de] deslizamento, a prefeitura não vai abrir a via”, disse o prefeito.

O efetivo mobilizado nas ruas, segundo Paes, é integrado por 3.000 bombeiros, 4.000 funcionários da Conlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) e 60 profissionais da Defesa Civil Municipal.

A área mais afetada pelas chuvas é a chamada “Grande Tijuca”, formada pelos bairros da zona norte mais próximos do centro do Rio. Há, na capital, cerca de 10 mil domicílios em áreas de risco. “Não se arrisquem. A chance de deslizamento é muito grande. As pessoas que moram em encostas devem sair de suas casas”, afirmou Eduardo Paes.