Operação da PF prende 24 pessoas em Minas Gerais
A Polícia Federal prendeu 24 pessoas (sete mulheres e 17 homens), em Belo Horizonte e na região metropolitana da capital mineira, acusadas de fazer parte de uma quadrilha especializada em fraudar empréstimos bancários e financiamentos para compra de veículos. Um suspeito, considerado pela polícia como chefe do grupo, ainda está foragido. Ao todo, 170 agentes cumprem 25 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão. Uma pessoa está foragida, possivelmente o chefe do bando.
A operação batizada de "Engodo" ainda apreendeu dois revólveres calibre 38, uma espingarda e munição, além de documentos falsos, placas de veículos, boletos bancários, um notebook e pendrives.
De acordo com a assessoria do órgão, Minas Gerais é o Estado com maior índice de fraudes em financiamento de veículos, conforme levantamento da corporação realizado com instituições financeiras.
Entre os detidos estão funcionários de concessionárias e revendas localizadas em Belo Horizonte, Contagem, Betim Caeté e Brumadinho. Pesa contra eles a acusação de utilizarem documentação falsificada para aprovação de financiamentos a clientes que não possuíam condição financeira para a compra de veículos. Conforme a PF, essa era uma prática habitual.
Foram realizadas buscas em nove revendas de carros na região metropolitana. Os suspeitos foram ouvidos na sede da PF, na capital mineira. Em seguida, os homens foram encaminhados para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. As mulheres foram conduzidas ao complexo feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.
Ainda de acordo com o órgão, um dos golpes mais comuns aplicados pela quadrilha é o denominado “tumulto”. Nessa modalidade, o automóvel era financiado com documentação falsa em nome de terceiros e revendido no mercado paralelo a preço bem abaixo do valor. Segundo a PF, os donos desses carros não pagam impostos e taxas e não são alcançados por multas de trânsito porque os documentos estão em nome de “laranjas”.
As investigações tiveram como base informações recebidas de um agente da PF, lotado em Brasília (DF), que teve seus documentos clonados em Belo Horizonte. Segundo levantamento feito pela corporação, a quadrilha se valeu desses documentos para abrir conta em vários bancos, fazer aquisição de empréstimos e compras no comércio em geral.
Segundo a PF, o dano causado ao mercado por essa fraude eleva o custo do crédito por conta do aumento da inadimplência decorrente do golpe. O que acarreta ao cidadão comum mais dificuldade na obtenção dessa modalidade de financiamento porque reverte a lógica do mercado financeiro, informou a assessoria da corporação.
A polícia ainda detectou que pessoas físicas tiveram seus nomes incluídos no cadastro de inadimplentes após terem tido seus documentos falsificados pela organização criminosa.
Engodo, nome dado à operação, significa aquilo que é usado para enganar e iludir.
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