No Rio, Disque-Denúncia recebe 853 ligações e quebra recorde em um único dia

O serviço Disque-Denúncia do Rio de Janeiro quebrou, nesta quarta-feira (24), o recorde de denúncias cadastradas em um único dia: 853. É o maior volume de ligações desde a sua criação, em agosto de 1995.

A central comunitária de atendimento recebe informações anônimas da população sobre atividades criminosas. Desde que a onda de ataque no Rio começou, no domingo, até esta quinta-feira (25) pela manhã, foram 571 denúncias relacionadas com como arrastões e incêndios de veículos.

Algumas das denúncias resultaram em ações bem sucedidas, como a que ocorreu hoje de manhã em Belford Roxo. Policiais do 39° BPM foram verificar a denúncia recebida no último dia 23 de que haveria armas no endereço fornecido pelo denunciante. No local, eles apreenderam um fuzil, duas metralhadoras, três pistolas PT 40, quatro pistolas 9 mm e cinco pistolas PT 380. Também foram presos dois suspeitos.

O recorde superou o número de ligações telefônicas em um único dia de casos emblemáticos, como a morte do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, em fevereiro de 2007, que morreu após ser arrastado ao longo de sete quilômetros pelo carro dos pais que acabara de ser roubado por três homens em Oswaldo Cruz; o assassinato por policias militares de 29 pessoas na Baixada Fluminense, em março de 2005, e o assassinato do jornalista Tim Lopes na favela da Vila Cruzeiro, Complexo do Alemão, em junho de 2002.

O Disque-Denúncia deve ser acessado pelo telefone (21) 2253-1177. O serviço garante o anonimato do denunciante que passa, assim, a participar de maneira segura da luta contra o crime. As ligações não são rastreadas ou gravadas. A Central de Atendimento mantém seu funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana. Uma equipe de 42 atendentes treinada em escuta qualificada, registra as demandas da população.