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Aeroviários fecham única via de acesso ao aeroporto Tom Jobim (RJ) e são reprimidos por PM

Da Agência Brasil <BR> No Rio de Janeiro

08/12/2010 12h49

Depois de uma manifestação que durou pelo menos quatro horas na única via de acesso ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, zona norte do Rio, cerca de 300 aeroviários e aeronautas seguiram em passeata até o terminal.

O grupo foi acompanhado por policiais militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar e houve confronto. Os policiais chegaram a usar spray de pimenta para dispersar os manifestantes, que reagiram. Não há informações de prisões, mas alguns trabalhadores ficaram feridos.

Na manifestação de hoje, os aeroviários e aeronautas obstruíram a avenida 20 de Janeiro, único acesso ao Aeroporto Tom Jobim. Muitos passageiros tiveram que andar cerca de dois quilômetros carregando suas malas para não perder os voos. O congestionamento na avenida chegou a 20 quilômetros.

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou que oito voos da empresa aérea Gol registraram atrasos por falta de funcionários no embarque, já que muitos aderiram ao movimento.

“[Houve atrasos] por falta do pessoal terceirizado que faz o carregamento e descarregamento da aeronave na pista”, disse Selma.

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que administra os aeroportos, nega que tenha ocorrido qualquer alteração no horário dos voos em decorrência da manifestação. A estatal afirmou também que o número de passageiros que teriam perdido o voo ou se atrasado para o procedimento do check-in em razão do bloqueio no acesso ao terminal foi normal.

Os aeroviários e aeronautas reivindicam reajuste salarial de 15%, escala com menos horas de serviço, além de outras melhorias nas condições de trabalho. Uma nova reunião entre a categoria e os donos de companhias aéreas está marcada para o final da tarde de hoje.