Justiça nega prisão preventiva de acusado de matar miss no RS
A Justiça do Rio Grande do Sul indeferiu o pedido de prisão preventiva de Eduardo Farenzena, indiciado pela polícia pelo assassinato da candidata ao concurso Miss Itália Nel Mondo Caren Paim, 22, no início de dezembro.
Nessa quinta-feira (23), a promotoria de Caxias do Sul (130 km de Porto Alegre), enviou à Justiça pedido de prisão preventiva. A promotora Sílvia Regina Becker Pinto se baseou em três fundamentos para justificar o pedido: a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a garantia da aplicação da lei penal, “não havendo nenhuma razão de ordem constitucional, legal ou racional para aguardar pela próxima vez e pela próxima vítima”.
No entanto, ainda ontem, o advogado de defesa de Farenzena, Rafael Eduardo de Andrade Soto, enviou à Justiça um fax comunicando que seu cliente está internado no hospital Parque Belém, em Porto Alegre, desde o dia 20. O rapaz está incomunicável e passando por tratamento psiquiátrico e de dependência de drogas. Segundo Soto, Farenzena teria manifestado o desejo de se matar e luta contra as drogas desde a adolescência.
“Informei à juíza que a prisão nesse momento seria prejudicial, porque retiraria ele de um tratamento médico adequado. Ele está com um forte quadro de depressão e até falando em suicídio”, afirmou o advogado.
A Justiça aguarda um laudo médico comunicando o tratamento do acusado, enquanto o Ministério Público deve recorrer da decisão contrária à prisão preventiva.
O corpo de Caren Paim foi encontrado no dia 1º de dezembro na zona rural da cidade, próximo a uma estrada. Caren foi morta na casa de Farenzena após uma discussão, de acordo com a investigação. Ela teria sido estrangulada pelo agressor, que teve o auxílio da mãe para transportar e esconder o corpo. A razão do crime teria sido passional.
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