Justiça diz que greve é ilegal, mas Samu mantém greve em Salvador (BA)
Atendendo a um pedido de liminar da Prefeitura do Salvador (BA), a Justiça considerou ilegal a greve deflagrada na quarta-feira (23) pelos médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e determinou o retorno imediato ao trabalho. A categoria, no entanto, desconsiderou a decisão judicial e continua com as atividades paralisadas, mantendo apenas 30% do efetivo nas ruas.
A determinação da juíza substituta da 7ª Vara da Fazenda Pública, Mariana Evangelista, prevê o pagamento de multa diária de R$ 5.000 até o cumprimento da medida. A classe reivindica regularização do vínculo empregatício, melhorias nas condições de trabalho, aumento no efetivo e reajuste salarial, elevando os salários de R$ R$ 3.500 para R$ 9.000.
Em reunião com os representantes dos grevistas, a Prefeitura ofereceu reajuste de 13,38%, passando o salário dos médicos para R$ 4.998, incluídas as gratificações por quatro plantões de 24 horas mensais. Os enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores e telefonistas auxiliares de regulação médica receberão aumento de 10%, passando a ganhar R$ 3.544,20, R$ 1.492,52, R$ 1.417,68 e R$ 885,23, respectivamente. Porém, não houve acordo.
“Não temos condições de avançar na proposta”, reafirmou o secretário municipal de Saúde, Gilberto José, enquanto o presidente da Sindmed, José Cayres, que representa os profissionais de saúde, diz que prefeitura poderia “nos oferecer pelo menos algo em torno de R$ 5.000 de salário”.
A juíza Mariana Evangelista definiu o movimento como “abusivo e ilegal” por se tratar de área essencial, que lida com a vida humana. O presidente do SindSamu, Antenor Machado, ameaça recorrer da decisão judicial.
Quem liga no 192 ouve do atendente que o Samu está em greve. “Estamos aqui apenas para atender aos casos urgentíssimos”, diz a atendente. No final desta tarde, está programada nova assembléia dos profissionais do Samu.
No final desta manhã, foi sepultado o corpo de Israel Alexsandro dos Santos, 49, que morreu na manhã da quarta-feira (23) enquanto aguardava socorro médico no posto do INSS do bairro de Brotas, em Salvador. Ele sofreu um ataque cardíaco. Testemunhas informaram que o socorro do Samu e Salvar demorou. Quando a equipe chegou Israel Alexsandro já estava morto.
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