Andorinhas invadem rodoviária de Maringá (PR) e causam transtornos a funcionários e passageiros
Desde o final de janeiro deste ano, o visitante que chega à cidade de Maringá (476 km de Curitiba) precisa de uma dose extra de cautela se o desembarque acontecer pelo terminal rodoviário municipal. É que dos cerca de 19 mil m² do local, pelo menos 6.000 m² (cerca de um terço do espaço) são tomados por andorinhas que fazem dali seu ninho. Diariamente, segundo a coordenação do local, são cerca de 10 mil a 12 mil aves sazonais --além do início do ano, elas aparecem também em agosto, com a volta dos períodos mais quentes.
De acordo com o coordenador do terminal, Rogério Poncetti, só para a limpeza da sujeira são necessárias, em média, seis horas diárias de trabalho --“e com material automatizado”, salienta. É o segundo ano em que as andorinhas voltam a Maringá, e novamente para a rodoviária. Contudo, nada que se compare, garante Poncetti, à revoada deste ano.
“Um professor universitário de Campinas ficou aqui três dias e conseguiu fazer essa contagem aproximada, que dá muito mais que as aves que vieram em 2010. Agora é uma quantidade absurda. Resultado: quando dá 19h30, 20h a gente vê passageiro descer correndo para escapar da mira delas”, diz.
Segundo Poncetti, uma das medidas analisadas para conter as aves --mas ainda não submetida a processo licitatório pela prefeitura--, é a instalação de uma rede, do tipo alambrado, para fixação na parte inferior da estrutura metálica do forro, por onde elas entram. A estimativa é que a proteção custe pelo menos R$ 400 mil para os 6.000 m² “invadidos”.
“Vai ser o jeito fazer isso, porque as autoridades ambientais já vieram, viram como está e até me repreenderam porque soltei uma bombinha para afugentá-las. Falam que é preciso cuidar da saúde da ave. Mas é também um problema de saúde pública”, defende-se Ponceti.
Praga urbana
Se em Maringá as andorinhas voltam à cidade apenas pelo segundo ano, ainda que em número maior que da última vez, em Londrina (379 km de Curitiba) há cerca de 10 anos os moradores convivem com a superpopulação de pombas do tipo margosa --cerca de 340 mil, pelo menos, segundo a última estimativa apresentada pela Prefeitura ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em 2009.
Desde 2010 o Ibama em Curitiba aguarda resposta do município sobre a metologia de abate de cerca de 50 mil aves, ao logo de seis meses --assunto que gera controvérsia na cidade. Enquanto isso não for feito, juntamente com a apresentação de um plano de manejo e controle, o órgão ambiental alega que não pode dar qualquer definição ao problema. Pelo poder público municipal, sequer a contagem atualizada das aves exigida pelo Ibama foi refeita --está em análise a possibilidade de a UEL (Universidade Estadual de Londrina) realizar a tarefa.
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