Três cidades do Pará concentram cerca de 2.500 desabrigados devido às chuvas
Cerca de 2.500 pessoas estão desabrigadas, em três municípios do Pará, por causa da cheia do rio Tocantins. As chuvas também fizeram subir o nível do lago que forma a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no sudeste paraense, obrigando a Eletronorte a abrir as comportas da UHT.
O nível da represa que forma a usina hidrelétrica está a meio metro do nível de segurança, de 74 metros. Diante dessa situação, as comportas foram abertas e a água em excesso escorreu para o rio, seguindo o fluxo normal.
Segundo a Eletronorte, a abertura das comportas é realizada todos os anos devido o período chuvoso. Portanto, elas ficarão abertas até que o volume de chuvas volte ao normal na região Norte. A previsão da meteorologia é que isso ocorra em maio.
Em Tucuruí, 660 pessoas foram atingidas pelas cheias. Dessas, 209 não tinham para onde ir e foram transferidas para um abrigo. Outras 123 estão abrigadas em casas alugadas ou de familiares, enquanto 328 simplesmente deixaram os imóveis.
O monitoramento feito pela Defesa Civil Estadual aponta que o nível do rio Tocantins, em Tucuruí, saiu de 6,02 metros no dia 1º deste mês para 11,06 no dia 10. Desde então, começou a baixar e, no dia 15, atingiu a marca de 10,40 metros.
A redução do nível do Tocantins também é verificada em Marabá. Desde o início do mês, o nível de alerta, de 10 metros, foi atingido. No dia 9, chegou a 12 metros, o auge, mas no dia seguinte começou o declínio e, no dia 15, marcou 11,63 metros.
O coordenador da Defesa Civil Municipal de Marabá, Joab Pontes, revela que a redução estimulou algumas famílias a planejarem o retorno às áreas alagadas, mas a recomendação é que esperem o mês de maio.
Como as chuvas ainda não cessaram, Pontes considera o retorno precipitado. Ele revelou que 394 famílias (1.970 pessoas) estão vivendo em abrigos há 14 dias e metade delas (190 famílias) morava em bairros do Núcleo Pioneiro, a parte mais alagada da cidade.
Segundo o coordenador, a tendência é que a situação só seja regularizada em maio. Por enquanto, as famílias são mantidas com a ajuda municipal, mas devido à decretação de situação de emergência, o Estado solicitou, esta semana, informações para repassar ajuda ao município.
O balanço da Defesa Civil Estadual aponta, ainda, 79 famílias desabrigadas em Parauapebas, o correspondente a 321 pessoas.
Outras cidades em estado de alerta são Altamira e Itaituba, no sudoeste paraense, atingidas pelas cheias dos rios Xingu e Tapajós, respectivamente.
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