Temporal antecipa retirada de famílias de área de risco em Sete Lagoas (MG)

Um temporal levou a prefeitura de Sete Lagoas (a 70 quilômetros de Belo Horizonte) a antecipar a remoção de moradores de áreas de risco, que estava marcada para ocorrer apenas no final do mês. A Defesa Civil de Minas Gerais recebeu novas notificações em decorrência das fortes chuvas que atingem o Estado, que já tem 138 municípios que decretaram estado de emergência.

Até o momento, foram removidas 48 famílias que residiam nos bairros Iraque e Kwait que, segundo a administração de Sete Lagoas, são fruto de ocupação irregular. Todos foram levados para casas novas do bairro Jardim dos Pequis.

O prefeito Márcio Mário Maroca percorreu as ruas do Bairro Bela Vista II, outra região bastante prejudicada, e prometeu iniciar as obras de drenagem pluvial nos próximos 30 dias. “A prefeitura vai instalar mais bombas de sucção para solucionar um problema que ocorre no Bela Vista II há mais de 10 anos”, disse o prefeito.

Casas no chão

Outra cidade afetada pelos temporais dos últimos dias é Virginópolis, na região do Vale do Rio Doce, a 120 quilômetros de Governador Valadares. A prefeitura contabiliza 255 desalojados e 20 desabrigados. Quatro casas ficaram completamente destruídas, mas ninguém se feriu.

O temporal que atingiu o município na tarde de quarta-feira (16) também interditou estradas e pontes. “Algumas estradas estão sendo desbloqueadas somente hoje (18) e vamos ter certeza da situação na zona rural”, afirma a coordenadora da Defesa Civil municipal, Aleni Cunha.

Raios

Desde o início do período chuvoso, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil registrou 18 mortes em consequência de soterramentos a afogamentos em Minas. No entanto, outro perigo que vem do céu lança um alerta em todo o Estado: as descargas elétricas. Na terça-feira (15), Ednaldo Gonçalves da Silva, 32, e Eucimar Lopes da Costa, 30, que trabalhavam na lavoura em Itueta, próximo à divisa de Minas com o Espírito Santo, morreram ao ser atingidos por um raio. Os dois teriam tentado se proteger da chuva debaixo de uma árvore, atitude condenada por especialistas.