Menina de 13 anos vítima do massacre em Realengo tem quadro clínico delicado
Três vítimas do massacre no colégio Tasso da Silveira, em Realengo, permanecem hospitalizadas, uma em estado de observação rigorosa. É o caso de Thayane Monteiro, 13, que está internada no hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, o quadro clínico da menina inspira cuidados.
Na última quinta-feira, Thayane passou por mais uma intervenção cirúrgica para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. A menina, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.
No mesmo hospital, Luan Vitor Pereira, 13, apresenta quadro estável e também segue em observação. A situação do menino evolui gradualmente, segundo a Sesdec.
Já Edson Cleiton Alves Aguiar, 14, tem quadro clínico estável e se recupera normalmente em leito do hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No dia da tragédia, o adolescente agonizou por cerca de dez minutos num dos corredores da escola Tasso da Silveira após ser atingido por Wellington Menezes de Oliveira, 23, autor do massacre. O estudante foi baleado na mão e no abdômen.
Entenda o caso
No último dia 7, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes.
Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orienta como quer ser enterrado e deixa sua casa para associação de proteção de animais.
O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.
Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.
Na sexta (8), 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. Já no sábado pela manhã, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio.
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