Festa com drogas e bebidas tira alunos de sala de aula em Goiânia

Há cerca de uma semana, uma festa regada a drogas e álcool provocou uma debandada de alunos do Colégio Estadual Robinho Martins de Azevedo, no Setor Nova Esperança, em Goiânia (GO). Nesta sexta-feira (06), policiais do Batalhão Escolar foram acionados pela diretoria da escola, depois de novas denúncias.

A suspeita era de que uma nova festa, envolvendo alunos do colégio, estaria sendo realizada durante a tarde. Os policiais militares chegaram por volta de 15h a uma chácara na Rua C1, no Jardim Camargo. No local, perto da escola, foi confirmada a denúncia feita por duas funcionárias da escola, que viram dois carros dando carona a alunos na porta da instituição.

Entre os convidados estavam 15 meninas, 13 delas menores de idade. Dos 25 rapazes na festa, 13 também eram menores. No local foram encontradas porções de crack, cocaína, bebidas alcoólicas e camisinhas. Na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente foram registradas 32 pessoas, sendo 13 maiores e 19 menores.

A delegada Ana Elisa Gomes disse que ninguém admitiu nada e que os menores, mesmo tendo participado conscientemente, são considerados vítimas. “Os organizadores da festa vão responder pelas infrações, mas em liberdade”.

Segundo a delegada, os pais que foram buscar os filhos na delegacia estavam indignados com a situação. “Os pais me falavam que seus filhos estavam na escola, nunca imaginaram que eles iam para festas deste tipo.”

A secretária do colégio, Edna Holanda, disse acreditar que foram alunos dos turnos matutino e noturno que levaram os menores para a festa. Segundo ela, as duas moças que trabalham na portaria anotaram as placas dos veículos e ligaram para o Batalhão Escolar. “Nós recebemos informações pelo Batalhão até agora. Depois vamos estudar as providências a serem tomadas.”

Três maiores vão responder pela oferta de bebidas alcoólicas aos menores. O infração, do artigo 63, da Lei de Contravenções Penais, prevê pena de prisão simples, de 15 dias a dois meses. Um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) foi registrado e vai seguir na Justiça.