Última vítima do massacre em Realengo (RJ) recebe alta depois de quase dois meses
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (14) que a estudante Thayane Monteiro, 13, vítima do massacre em Realengo, recebeu alta do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). A jovem, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, passou boa parte do período de recuperação no hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A partir de agora, a estudante precisará se submeter a um intenso trabalho de fisioterapia para recuperar o movimento das pernas. Segundo o último boletim médico divulgado pela secretaria de Saúde, a reabilitação será longa.
Thayane sofreu uma lesão medular e "deverá ser acompanhada para sua independência funcional e suporte psicoterapêutico intensivo por tempo indeterminado", de acordo com o órgão municipal.
Dos 12 alunos do colégio Tasso da Silveira que foram alvejados e conseguiram sobreviver, apenas Thayane permanecia hospitalizada. Segundo a tia da menina, Keyla Monteiro, ela tinha dificuldades para mexer as pernas e foi transferida para o Into há 12 dias com o objetivo de iniciar a fase de fisioterapia.
A transferência demorou a acontecer em razão do aparecimento de escaras pelo corpo. No total, a jovem ficou internada por 68 dias.
A adolescente passou um longo período no CTI pediátrico do hospital Adão Pereira Nunes, e só foi liberada para um leito da enfermaria no mês passado. No fim de abril, Thayane passou por mais uma intervenção cirúrgica para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. A menina já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.
Entenda o caso
Em 7 de abril, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já em uma sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar contra os estudantes. Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas meninas.
Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como queria ser enterrado, e deixou sua casa para associação de proteção de animais.
O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.
Doze estudantes morreram -dez meninas e dois meninos- e outros 12 ficaram feridos no ataque.
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