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Gêmeas siamesas de Minas Gerais não poderão ser separadas, dizem médicos

Gêmeas siamesas nascidas em Timóteo (MG) têm um só coração e não podem ser separadas - Divulgação
Gêmeas siamesas nascidas em Timóteo (MG) têm um só coração e não podem ser separadas Imagem: Divulgação

Especial para o UOL Notícias<BR>Em Belo Horizonte

16/06/2011 16h49Atualizada em 16/06/2011 20h47

A equipe médica da Santa Casa de Belo Horizonte (MG) informou na tarde desta quinta-feira (16) que as gêmeas siamesas Vitória e Viviane, internadas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) infantil da unidade desde sábado (11), têm apenas um coração e, por isso, não poderão ser separadas.

As meninas nasceram no dia 9 de junho, em Timóteo (216 km da capital). Elas travam uma luta pela vida, pois são portadoras de uma cardiopatia congênita complexa. Segundo boletim do hospital, as recém-nascidas foram submetidas a vários exames laboratoriais e de imagens.

Os pais das gêmeas estão em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, cidade onde moram. Eles souberam da informação apenas pela reportagem do UOL Notícias e criticaram a posição do hospital. O pai, Renato Bragança, 26, e a mãe, uma adolescente de 17 anos, pretendem viajar para Belo Horizonte na próxima semana. O pai reclama da falta de detalhes nas notícias que a equipe médica dá sobre as gêmeas.  Segundo Bragança, a última vez que ligou para a Santa Casa, na noite de quarta-feira (15), foi informado apenas sobre o quadro estável das meninas e que elas passariam por um tomografia.

Eles dizem estar ansiosos para ver as filhas. “A mãe ainda não viu a carinha das meninas, porque elas foram transferidas para Belo Horizonte. Ela continua em repouso depois da cesariana e está muito triste”, afirmou o pai.

As meninas nasceram no Hospital e Maternidade Vital Brazil São Camilo, em Timóteo. A mãe das crianças não sabia que estava esperando siamesas. O hospital afirma que a adolescente chegou ao atendimento sem os exames básicos de pré-natal e sem ter feito ultrassonografia durante o acompanhamento pelo no Posto do São Domingos, em Fabriciano.

A Secretaria de Saúde dessa cidade informou que o exame foi solicitado, mas a gestante não seguiu os encaminhamentos para a realização do exame.