Após 16 horas, cárcere privado no Rio Grande do Sul termina com duas mortes
Duas pessoas morreram na manhã desta segunda-feira (20) durante a negociação para o fim de um cárcere privado na cidade de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Por volta das 7h55, o desempregado Cleomar Antônio da Silva, 36, atirou contra a ex-companheira, a balconista Luciana Rodrigues de Souza, 28. Depois, disparou contra o próprio corpo, segundo informações preliminares da Brigada Militar. Ele manteve a mulher presa em casa por cerca de 16 horas.
“A princípio ele disparou contra si. Mas é a perícia quem vai dizer. Foram ouvidos três disparos, então os policiais entraram na casa”, afirmou um oficial logo após o episódio.
Ao escutar o segundo disparo, a equipe tática invadiu a residência. Os policiais encontraram os dois caídos no chão e os encaminharam ao hospital.
O major Francisco Vieira, da Brigada Militar, surpreendeu-se com o desfecho da história. “Desde o início, a negociação foi positiva. Ele estava lúcido, com controle total do raciocínio. Por volta da meia noite, conseguimos a total confiança dele. Hoje pela manhã, por volta das 6h30, ele nos ligou dizendo que ia se entregar. Parecia tranquilo. Também falamos com a Luciana, que estava tranquila. Eles iam se arrumar para sair da casa. Então, uns quatro minutos depois, ouvimos os disparos”, afirmou ele, que negociava desde ontem a rendição de Silva.
Os ex-companheiros se encontraram por volta das 15h30 desse domingo em um posto de combustíveis da cidade. Após discussão, que ocorreu até a casa em que os dois tinham vivido juntos, o homem se trancou com a mulher. A família do próprio Silva que avisou a polícia. A separação do casal teria ocorrido após Luciana denunciar Silva por abusar de uma das filhas da mulher.
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