Oito PMs do Rio são acusados de assassinatos durante operações policiais em 2007

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou nesta segunda-feira (11) oito policiais militares suspeitos de assassinar seis pessoas durante operações realizadas há quatro anos em favelas da capital fluminense.

A 6ª Promotoria de Investigação Penal (6ª PIP) acusa os agentes de homicídio qualificado em quatro ocorrências registradas como autos de resistência
- quando um indivíduo morre em confronto com a polícia - e cobra a suspensão imediata dos oficiais, além da cassação da autorização de porte de arma de fogo.

O juiz Alexandre Themístocles, titular da 6ª PIP, também pede que os policiais militares respondam por improbidade administrativa, o que levaria à exclusão definitiva do quadro de funcionários públicos.

As vítimas eram do sexo masculino e tinham entre 17 e 32 anos. De acordo com a denúncia oferecida pelo MP, os policiais -- lotados no 16º Batalhão de Polícia Militar (Olaria) -- tentaram dificultar o trabalho pericial ao transportar os cadáveres para os hospitais Carlos Chagas e Getúlio Vargas. Todos os crimes ocorreram em 2007.

Se condenados, os policiais Marcelo Cândido da Silva, Ricardo Justino Lopes, Daniel Rodrigues Pinheiro, Flávio Alves Cardoso, Robert Nogueira Almeida, Rosemberg Ferreira de Miranda, Waltencir Baptista e Julio Cesar Correa podem receber penas que variam 12 e 30 anos de prisão.