Acusado de matar Eliza Samudio, ex-policial será ouvido nesta quarta-feira por morte de um homem em MG
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será ouvido nesta quarta-feira (13) no Fórum de Contagem (MG), em processo no qual é acusado de ter matado, em maio de 2000, um carcereiro no município do centro de Minas. Bola também é apontado pela Polícia Civil mineira, em outro processo, como o executor de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza.
No caso desta quarta-feira, segundo denúncia do Ministério Público (MP), o ex-policial teria preparado uma “emboscada” em que efetuou vários disparos de arma de fogo contra Rogério Martins Novelo, cuja idade não foi informada. A vítima foi alvejada por um dos tiros.
De acordo com o órgão, Novelo estava em uma Kombi, estacionada em frente ao estabelecimento comercial de sua família, quando foi chamado pela irmã para atender a um telefonema. Nesse momento, Bola, que estaria em um telefone público “bem próximo à vítima, teria sacado a arma e efetuado os disparos", conforme o MP.
O promotor de Justiça Renan Cotta Coelho ainda relatou no processo que, embora não se saiba a motivação do crime, disse ter detectado que Bola estaria a mando de alguém “visto que, ao que consta, acusado e vítima não se conheciam”.
De acordo com a assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a irmã de Novelo teria reconhecido o ex-policial por conta da intensa cobertura midiática do desaparecimento de Eliza Samudio.
A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, magistrada responsável pelo processo sobre o desaparecimento de Eliza, também está incumbida do caso envolvendo Bola.
A assessoria do TJ informou que está programado nesta audiência de instrução o depoimento de oito testemunhas de defesa e quatro de acusação. Em seguida, será a vez de o ex-policial ser interrogado pela juíza e pelo Ministério Público. Ele poderá também responder a perguntas elaboradas pelos advogados de defesa.
Somente após essa sessão, a juíza abrirá prazo para as alegações finais do MP e da defesa do acusado. Após esse período, ela definirá se o réu irá ou não a júri popular.
Outros casos
O ex-policial, que aguarda julgamento por júri popular no caso do sumiço de Eliza, ainda sem data definida, tornou-se também réu em processo que investiga a morte de dois homens, crime que teria ocorrido em 2008.
A Justiça em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, acatou denúncia do Ministério Público no dia 12 de abril deste ano. Além dele, três policiais civis foram denunciados pelo MP.
O crime teria sido praticado em um sítio que servia de local para treinamento do extinto grupo de elite GRE (Grupo de Resposta Especial da Polícia Civil de MG). O imóvel seria arrendado por Bola. De acordo com as investigações, os corpos não foram encontrados.
Em outro processo, o delegado Fernando Alves indiciou Bola pelo assassinato de Devanir Claudiano Alves, que teria sido assassinado em 2009, no bairro Venda Nova, em Belo Horizonte. De acordo com as investigações, o ex-policial foi reconhecido por testemunhas, também após exposição na imprensa por conta do caso de Eliza, como o autor dos disparos contra a vítima.
Bola estava preso, desde julho do ano passado, na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), ele foi transferido, em abril deste ano, para a penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte, onde deve esperar o julgamento no caso Eliza.
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