Drones aquáticos guiaram buscas de vítimas após queda de ponte no TO; vídeo
A Marinha divulgou um vídeo nesta sexta-feira (3) explicando o uso de drones aquáticos na localização de vítimas da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Maranhão e Tocantins.
O que aconteceu
No vídeo, o contra-almirante Coelho Rangel fala sobre a estratégia adotada pela força-tarefa. Ele é coordenador das operações de busca e resgate das vítimas. "Nós começamos a analisar as imagens que nós conseguimos e começamos a perceber que a ponte, após colapsar em forma de V, poderia ter concentrado os veículos numa posição", explica.
Identificamos também, pelos vídeos [...], a sequência dos veículos. Isso ajudava a termos uma noção de como poderia estar no fundo do rio, os veículos. À medida que os mergulhadores iam mergulhando e nós íamos tendo a posição de cada veículo, nós começamos a entender o que poderia ter acontecido.
Coronel-Almirante Coelho Rangel
A Marinha utilizou drones aquáticos na localização das vítimas. "Os drones subaquáticos ajudaram. Nós entendemos como é que estava a ponte e alguns veículos no fundo do rio. Isso ajudava a orientar os mergulhadores a intensificar ou chegar naquele ponto de interesse", conta.
Após isso, nós pegamos as imagens que o drone passou para a gente e revíamos essa imagem várias vezes, assim de buscar alguma coisa que poderia ter passado despercebida.
Buscas subaquáticas foram retomadas
Os trabalhos de mergulho e uso de drones subaquáticos na busca por desaparecidos foram retomados nesta sexta-feira (3). A operação havia sido interrompida devido à necessidade de abertura das comportas da usina hidrelétrica operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste).
A interrupção foi motivada pela maior incidência de chuvas na região. De acordo com nota divulgada pelo Comando do 4º Distrito Naval, as condições climáticas no local obrigaram o aumento do volume de vazão do reservatório. "Ao adotar esse procedimento, o Ceste pretende regularizar o volume represado", justifica o comunicado.
A vazão da hidrelétrica havia sido reduzida. A contenção foi solicitada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para manter o armazenamento de água no reservatório em condições seguras para que as buscas pudessem ocorrer.
Já as buscas através de embarcações e drones aéreos continuam ininterruptamente, informa a Marinha. "Mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins realizaram a filmagem do momento da inspeção da picape S-10. As imagens evidenciam que não há vítimas no interior do veículo. É possível visualizar o cinto do banco do motorista destravado", informou.
Na quarta-feira (1º), um corpo que havia sido identificado na cabine de um caminhão foi resgatado. Assim, dentre os 17 desaparecidos iniciais, estão confirmados 12 óbitos. Cinco pessoas seguem desaparecidas.
* Com informações da Agência Estado.
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