Após três meses, funcionários continuam desaparecidos em pedreira de Santos (SP)

Os dois trabalhadores que foram soterrados após um acidente na pedreira Santa Teresa, em Santos (SP), no dia 12 de abril, ainda não foram encontrados. Três meses após o acidente, equipes de resgate trabalham diariamente na busca dos corpos de Juscelino Mendonça de Souza, 45, e Walter Santa Holtz, 49. Ambos foram vítimas de um desmoronamento, quando ao menos 50 mil toneladas de rocha se desprenderam da mina. Na ocasião, duas pessoas conseguiram escapar sem sofrer ferimentos.  

Em entrevista por telefone ao UOL Notícias, o coronel Daniel Onias Nossa, chefe do departamento de Defesa Civil de Santos, afirmou que as buscas não serão encerradas até que os corpos sejam encontrados. “Diante de tanto tempo, a possibilidade de vida é zero, mas o resgate só terminará quando as vítimas forem localizadas”, afirmou.

Trinta e um funcionários da Max Brita (empresa que administra a pedreira), membros do Corpo de Bombeiros e dez marteleiros –responsáveis por abrir buracos nas rochas que ainda precisam ser implodias–, trabalham sete dias por semana para encontrar os funcionários desaparecidos.

A área que as equipes atuam no momento foi determinada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Foi construído um pequeno espaço de trabalho, que fica embaixo do local atingido pelas pedras. Máquinas já tiraram muitas toneladas de rochas, mas ainda não é possível determinar quanto ainda precisa ser retirado.

Segundo o coronel Onias, o mau tempo foi a provável causa do acidente. “Foi uma época em que a Baixada Santista sofreu com chuvas, principalmente da região da pedreira (próxima a rodovia Rio-Santos), onde as pancadas costumam ser mais intensas”, ressaltou. Ele também afirmou que o local do acidente apresentava um declive e que esse fato, em conjunto com o solo molhado, pode ter contribuído para o deslizamento.

De acordo com a Max Brita, as famílias das vítimas estão sendo apoiadas com atendimento psicológico e social.