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Copiloto de avião que caiu em Pernambuco morreu de politraumatismo, aponta IML

Thais Gouveia<br> Especial para o UOL Notícias

Em Recife

14/07/2011 13h52

O Instituto de Medicina Legal (IML) já identificou a causa da morte do único corpo identificado até agora, o copiloto Roberto Gonçalves. Os peritos concluíram que ele morreu vítima de politraumatismos.

Há indícios de que outros passageiros tenham morrido antes mesmo do incêndio que destruiu a aeronave L-410, da Noar Linhas aéras, embora testemunhas tenham contado que viram os passageiros ainda vivos, logo após o acidente, pedindo socorro antes de explosões deixarem o bimotor em chamas. 

“Encontramos fraturas em todos os corpos. No entanto, ainda não é possível definir se morreram antes do incêndio”, explicou a gerente do IML pernambucano, Joyce Breenzinckr. 

Durante coletiva na manhã desta quinta-feira (14), a gerente do IML revelou que todos os corpos apresentavam nível máximo de carbonização. “Alguns totalmente, outros parcialmente. Mas todos estavam carbonizados”, contou Breenzinckr.

Exames

O Instituto de Medicina Legal espera identificar até dez corpos das vítimas do acidente. Exames odontológicos também estão sendo solicitados às famílias. O objetivo é acelerar o processo de identificação, já que os exames de DNA, encomendados ao IML da Bahia, podem demorar 10 dias.

“A gente nem esperava conseguir coletar tantas impressões digitais, mas ainda não sabemos se elas terão qualidade suficiente para a identificação”, afirmou Breenzinckr. 

De qualquer forma, os materiais coletados dos familiares das 16 vítimas do acidente serão enviados à Bahia, além das amostras retiradas dos cadáveres.

Equipe do IML pernambucano acompanharam o processo, para acelerar os exames. No entanto, ainda não se sabe se será possível realizar a comparação genética. Isso porque todos os corpos apresentavam o nível máximo de carbonização (4), o que dificulta a coleta do DNA.

“O DNA também pode ser destruído por causa da carbonização. Se as amostras que coletamos não servirem, teremos que fazer tudo de novo”, afirmou a gerente do IML. Os testes serão feitos com pedaços dos ossos dos passageiros mortos.

Veja o local do acidente