IML conclui identificação de corpos e diz que vítimas morreram antes de explosão do bimotor

O IML do Recife concluiu na tarde deste sábado (16) a identificação dos 16 corpos das vítimas do acidente aéreo da Noar, ocorrido na última quarta-feira (13). Segundo os laudos, nenhuma das vítimas morreu por queimaduras, mas por conta de traumatismos ocasionados pelo impacto da aeronave com o solo.

Em entrevista, o chefe da Polícia Científica do Recife, Francisco Sarmento, assegurou que nenhuma das vítimas teve como pedir ajuda após a queda do avião, como afirmaram algumas testemunhas que viram o acidente.

Neste sábado, foram identificados os três últimos corpos —duas mulheres, Camila Suficiel Marino, 27, e Carla Sueli Barbosa Moreira, 36, e Johnson do Nascimento Pontes, 30. Dois já foram liberados, e apenas o de Pontes continua no IML aguardando a chegada da família, que mora no Rio Grande do Norte.

“Desde o segundo dia de trabalho [sexta-feira (15)], os peritos já haviam identificado todos os corpos por meio de informações externas. Porém, o protocolo manda, em caso de acidentes aéreos, que todos os corpos passem por exames papiloscópicos, da arcada dentária ou DNA, a fim de garantir a identificação”, disse Sarmento ao UOL Notícias.

O trabalho, que envolveu 40 pessoas, entre elas 25 peritos, identificou nove corpos por meio de papiloscopia (impressão digital), seis através de peças da arcada dentária e um por DNA.

O acidente

No início da manhã de quarta-feira (13), a aeronave PR-NOB operava o voo 4899, com rota Recife-Natal-Mossoró (RN), e caiu em um terreno baldio à beira-mar de Boa Viagem, minutos depois de decolar do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Após a queda, o bimotor explodiu deixando 16 mortos.