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Donos de casarões de São Luiz do Paraitinga (SP) cobram verbas para reconstrução

Bruno Monteiro

Especial para o UOL Notícias<br>Em São Luiz do Paraitinga (SP)

18/07/2011 14h12

Proprietários dos casarões históricos tombados de São Luiz do Paraitinga (178 km de São Paulo) cobram a liberação dos recursos do governo do Estado para reconstrução e restauração dos imóveis, destruídos pela enchente que ocorreu na cidade em janeiro de 2010.

Os casarões do centro histórico de São Luiz do Paraitinga são construções do século 19 e tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Um ano e sete meses depois do ocorrido, a situação, de acordo com os proprietários, é de abandono.

O UOL Notícias esteve na cidade e conversou com o comerciante Antonio Augusto de Souza, 62, um dos proprietários dos casarões. “Está tudo parado. Nós não recebemos ainda nem autorização para reforma. Não temos prazo para liberação, de nada, infelizmente. E isso nos causa uma apreensão muito grande”, disse.

“Estamos nos sentindo desprezados. A maioria das pessoas que residem nos casarões é de idade, necessita do imóvel. Elas não podem retornar para suas casas por incompetência das autoridades”, afirmou Souza.

Obras anunciadas

O governo do Estado anunciou obra de mais de R$ 12 milhões para serviços de limpeza, desassoreamento, derrocamento e recuperação das margens do Rio Piratininga. Ainda se comprometeu a restaurar e reconstruir os imóveis afetados pela enchente de pessoas com renda de até 10 salários mínimos.

Já o Iphan também tem disponíveis recursos de R$ 2.799.301,98 para obras emergenciais no centro histórico de São Luiz. Os serviços previstos são limpeza de escombros, separação de materiais reutilizáveis e salvamento, proteção e armazenamento de peças salvas de igrejas.

Outro lado

A Secretaria de Estado da Cultura informou que um convênio com a prefeitura de São Luiz do Paraitinga irá liberar recursos para restauro e reconstrução de imóveis no centro histórico tombados pelo Condephaat. No entanto a data de liberação ainda não foi informada.

A Secretaria da Cultura informou ainda que como os projetos de restauro devem ser aprovados pelo conselho, ofereceu assessoria para a elaboração, já tendo elaborado 51 projetos. A pasta ressalta que os processos de bens de São Luiz têm prioridade nas deliberações e são incluídos em pauta logo que são recebidos pelo governo.