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Lobos-marinhos, pinguim e pequeno golfinho são resgatados no litoral paulista

Lobo-marinho encontrado em Peruíbe está em tratamento no aquário de Santos (SP) - Gustavo Dutra/UOL
Lobo-marinho encontrado em Peruíbe está em tratamento no aquário de Santos (SP) Imagem: Gustavo Dutra/UOL

Leonardo Costas<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Santos (SP)

22/07/2011 20h16

Cinco animais marinhos foram encontrados nas praias da Baixada Santista nesta quinta-feira (21). Com sinais de fraqueza e bastante debilitados, dois lobos-marinhos e um pinguim estão em tratamento na ONG Gremar (Grupo de Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos), no Guarujá, litoral de São Paulo. Também foram localizadas uma tartaruga e uma toninha (pequeno golfinho), mas ambos já estavam mortos quando as equipes os localizaram.

Segundo Andrea Maranho, coordenadora técnica do Gremar, a presença de animais marinhos é comum na região nessa época do ano. “Para se ter uma ideia, desde o início do inverno, nós encontramos cerca de cem animais, número equivalente ao que resgatamos de janeiro a junho”, explica. Pinguins, tartarugas e toninhas são as espécies que mais aparecem no litoral de São Paulo. Porém, esse ano, há um pico maior de lobos-marinhos, sendo que, nos últimos dois meses, mais de oito foram localizados nas praias da região.

Eles são oriundos do sul do continente, principalmente da Patagônia, na Argentina e da Ilha dos Lobos, litoral do Uruguai, regiões que concentram muitos animais da espécie.  Os que chegam ao Brasil, geralmente, são filhotes que se perdem de seu grupo e são trazidos por frentes frias e alterações das correntes marítimas. Andrea disse que os lobos-marinhos e o pinguim encontrados nesta quinta-feira apresentavam saúde debilitada. “Estavam exaustos, com parasitas intestinais e doenças respiratórias. Faremos o tratamento necessário e, provavelmente, no início de outubro, devolveremos para o mar.”

As pessoas que encontrarem animais marinhos na praia não devem se aproximar. Segundo o veterinário do Aquário Municipal de Santos, Gustavo Dutra, mesmo fracos, eles possuem uma mordida violenta e podem transmitir doenças. “O recomendável, nessas situações, é acionar a Polícia Ambiental que, posteriormente, entrará em contato conosco para o início do tratamento. O ideal é que o primeiro órgão responsável que chegar ao local faça um cordão de isolamento para que as pessoas não corram o risco de ser atacadas”, explica, sem esquecer que o intenso movimento de indivíduos pode gerar estresse no animal.

Atualmente, o Aquário de Santos cuida de um filhote de lobo-marinho encontrado no início de julho, em Peruíbe. Ele está ganhando peso para voltar ao mar em breve.