Dois anos depois de trocar casa e filhos por moto, mulher tenta reaver crianças em Alagoas
Uma mulher tentou reaver, na semana passada, os cinco filhos que abandonou há dois anos em uma casa que ela havia trocado por uma motocicleta, em Japaratinga (115 km de Maceió). Na ocasião, ao entrar em casa, o novo proprietário descobriu que os cinco filhos da antiga dona tinham ficado no imóvel e ela havia ido embora só com a moto.
Eles teriam sido largados no local dois dias antes. O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar do município, e as crianças hoje estão sob a guarda de uma tia, que, ao saber do ocorrido, se dispôs a cuidar delas. As crianças passaram a residir no município de Porto Calvo, vizinho a cidade natal.
Agora a mãe procurou a Promotoria de Justiça de Porto Calvo para solicitar que o “negócio” seja desfeito e ela tenha casa e crianças de volta. A mulher contou à promotoria que se arrependeu de ter abandonado as crianças e que não tem condições financeiras de arcar com as despesas de manutenção da moto – que está quebrada – nem com o emplacamento anual.
O pedido foi negado. A mulher teve a identidade preservada. Segundo o promotor de Porto Calvo, Sérgio Eduardo Simões, nesse período em que ficou longe dos filhos ela já teria engravidado e estava com um bebê no colo, o sexto filho.
“Ela não tem noção de controle de natalidade. Contaram-me que quando ela toma bebida alcoólica fica desorientada, e os homens se aproveitam dela. Ai ela sai com um e com outro e nem sabe quem são os pais dos filhos. Temos muita pena dessas crianças, mas infelizmente não temos uma lei que possa obrigar essa mulher a ser esterilizada”, afirmou Simões.
O promotor disse ainda que a mulher não trabalha e apenas sobrevive com renda obtida por programas sociais. A moto nunca foi usada para trabalho, nem pneus têm. “Ela aparenta ter problemas mentais, e além de tudo ingere muita bebida alcoólica. Como os outros cinco filhos estão sendo bem cuidados por uma tia, estudam, se alimentam bem, seria uma irresponsabilidade atender ao pedido dela”, afirmou.
Simões disse que já acionou os conselhos tutelares de Porto Calvo e de Japaratinga para investigar como estão as condições em que o sexto filho da mulher está sendo criado. “Caso ele esteja largado, sendo maltratado, ela poderá também perder a guarda do bebê”, disse.
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