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Após quatro anos, viaduto estaiado do Tatuapé será inaugurado hoje na zona leste de São Paulo

Do UOL Notícias*<br>Em São Paulo

28/08/2011 07h00

Será inaugurado neste domingo (28), após quase quatro anos após o início das obras, o viaduto estaiado do complexo viário Padre Adelino, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

A ponte tem 123 metros de extensão e é suspensa por 20 cabos de cada lado. A obra custou R$ 114 milhões e vai ligar os bairros da Mooca e do Tatuapé.

A estrutura fica sobre a avenida Salim Farah Maluf e deverá receber o nome do antigo arcebispo de Mariana, Luciano Mendes de Almeida. A inauguração, aliás, ocorre justamente no fim de semana que marca o quinto aniversário da morte do bispo.

Por ela, está prevista a passagem de uma linha atualmente desativada de trólebus --os braços de metal para segurar os fios que alimentam os ônibus já estão sendo instalados. Segundo a Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras), o outro viaduto do sistema, que liga as Ruas Catiguá e Engenheiro Balem, também será aberto.

Ao custo de R$ 114 milhões, o complexo viário foi construído para melhorar a fluidez no trânsito da Salim Farah Maluf. As obras incluíram o alargamento do viaduto Pires do Rio e a criação de alças de acesso. Quando estiver totalmente aberto, dois cruzamentos na avenida --o das ruas Restinga e Padre Adelino --perderão os semáforos. A previsão da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é de que 6,5 mil veículos circulem nos novos viadutos nos horários de pico.

A obra chegou a ter quatro prazos para conclusão, durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab (sem partido): primeiramente 2009; depois, março, maio e, finalmente, agosto deste ano.

De acordo com a Siurb, o prazo se estendeu principalmente em função de atrasos nas desapropriações, como a do terreno na cabeceira oeste do viaduto. Já para o advogado Eugênio Guadagnoli, que há alguns anos integrou um fórum de discussões sobre o complexo viário, houve falha. "Atrasar uma obra porque não se planejou logo a desapropriação indica falta de um planejamento efetivo."

Outra queixa se refere ao nome escolhido para o viaduto. Segundo Guadagnoli, parte dos moradores gostaria que o viaduto fosse batizado como Braz Jaime Romano, um jornalista do bairro --a proposta chegou a virar projeto de lei na Câmara Municipal, juntamente com outros três nomes, incluindo o de Jacques De Molay, templário do século 13. No fim, optou-se pelo nome do ex-bispo auxiliar da capital, D. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (1930-2006), e que também foi auxiliar de d. Paulo Evaristo Arns na zona leste de São Paulo.

*com informações da Agência Estado