Macacos do Zoológico de Salvador ganham novo endereço nesta sexta

Micos-leões de cara dourada, macacos-prego do peito amarelo e saguis, entre outros primatas que vivem no Zoológico de Salvador, estarão de casa nova a partir de sexta-feira (2), quando será inaugurada uma nova etapa nas obras de reestruturação do zoo, direcionada especificamente aos primatas.

De acordo com o coordenador do parque, Gerson Norberto, as mudanças permitirão proximidade maior entre o público e os animais. Além disso, a nova estrutura possibilitará aos profissionais do zoológico a realização de um trabalho de agrupamento e recomposição de famílias de primatas da Mata Atlântica que já vivem no zoo e as que deverão chegar.           

Norberto informou ainda que a convivência permite o entrosamento dos animais, que, depois de organizados, serão encaminhados para programas de soltura e reintrodução em seu habitat natural, em áreas de reserva.   

Até então, diz ele, o zoo baiano já fazia um trabalho de preservação de espécimes, mas não com a dimensão que ganhará a partir dos novos investimentos. “A partir de agora, à medida que forem sendo identificadas áreas de solturas, as famílias de primatas serão remanejadas para áreas dentro do zoo onde não terão qualquer contatos com os humanos. Depois, passarão por um processo de aclimatação, para então serem liberados”, explica o veterinário. 

Conforme ainda o coordenador, esse trabalho já vem sendo feito com as aves do local desde 2009. No novo aviário, as ararajubas, canários, cardeais e azulões, entre outros, vivem no parque num cenário composto por cachoeiras e córregos, onde toda a água utilizada é filtrada e reutilizada, além de uma vegetação nativa dos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Manguezal.

Outras três etapas estão em andamento, a exemplo de uma passarela das baleias jubarte que, depois de concluída, oferecerá ao público a possibilidade de observar através de lunetas, entre os meses de agosto e novembro, as baleias que passam pela praia de Ondina, bairro onde está situado o jardim zoológico. "Esse é um projeto inédito no Brasil", disse.

Além disso, serão criados setores específicos para as tartarugas marinhas, que consiste no trabalho de manejo e educação ambiental desses animais, e para serpentes e anfíbios, que vai garantir ao público ver de forma subterrânea o habitar das serpentes e anfíbios do Brasil. 

O funcionamento do parque é de terça a domingo (inclusive feriados), das 8h30 às 17h, e a entrada é gratuita.