Elevador Lacerda não será privatizado, diz prefeitura de Salvador

Menos de uma semana após ser divulgada a informação de que a Prefeitura de Salvador poderia privatizar o Elevador Lacerda, o prefeito João Henrique Carneiro (PP) afirmou nesta sexta-feira (16) que o equipamento não será repassado à iniciativa privada.

O que está sendo avaliado, segundo ele, é a transferência da gestão e da manutenção do Elevador Lacerda para uma empresa. “Parceria é uma coisa que acontece em todo o mundo. O bondinho do Pão de Açúcar, por exemplo, é operado pelo setor privado há mais de um século”, disse João Henrique.

Estudos mostram que o equipamento é deficitário. Todos os meses a prefeitura tem um prejuízo de R$ 120 mil porque as peças são antigas e precisam passar por reparos constantemente. Os motores têm mais de 80 anos.

O secretário de Transportes e Infraestrutura de Salvador, José Mattos, informou que a empresa que vencer a licitação para gerir o ponto turístico poderá explorar os espaços publicitários para “minimizar o impacto no eventual aumento da tarifa”.

Atualmente, o serviço para utilizar o equipamento custa R$ 0,15. De acordo com a prefeitura, não existe nenhum estudo indicando que a tarifa será reajustada para R$ 0,50 quando o equipamento for gerido pela empresa que vencer a licitação.

No ano passado, 536 mil pessoas utilizaram as quatro cabines para subir e descer os 72 metros do elevador que fazem a ligação entre as cidades alta e baixa. Inaugurado em 1873, o Elevador Lacerda foi tombado como patrimônio histórico nacional em 2006.