Presos em Minas Gerais vão criar peixes para abastecer creches, escolas e asilos
Detentos de unidades prisionais de Minas Gerais dotadas de açudes serão capacitados para criar peixes que, ao atingirem a idade de abate, serão doados a creches, asilos e escolas do Estado.Pelo trabalho, o detento terá a remissão da pena, de um dia a cada três trabalhados.
Quando estiverem pesando entre 800 gramas e 1,2 quilo, os peixes serão repassados a instituições indicadas pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea – MG). Em média, a criação atinge o ponto de abate com seis meses de confinamento.
O presídio Antônio Dutra Ladeira, que já havia recebido 1.500 alevinos em julho, ganhou outra quantidade igual na semana passada. A especialidade do local será a criação de tilápias, e alguns detentos já foram treinados.
De acordo com Secretaria de Estado de Defesa Social, o projeto piloto foi iniciado em julho deste ano, no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, e alguns detentos já tiveram curso ministrado por professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Para viabilizar a atividade, um termo de cooperação técnica foi assinado nesta terça-feira (11) entre o órgão, o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que terá a incumbência, por meio da escola de veterinária, de treinar os detentos em piscicultura.
A secretaria informou que o programa será estendido em breve a outras unidades do Estado que disponham de locais apropriados para a criação. Foi acordado também termo de cooperação técnica permitindo que a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) preste assistência às unidades prisionais que desenvolvem atividades de horticultura e criação de animais.
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