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PF prende 40 em operação contra assaltantes de banco que agiam no Sul e no Paraguai

Dimitri do Valle

Especial para o UOL Notícias<br>Em Curitiba

25/10/2011 10h12Atualizada em 25/10/2011 12h08

Quarenta pessoas foram presas nesta terça-feira (25) na região Sul do país, durante a "Operação Mercúrio", deflagrada pela Polícia Federal (PF) para desarticular uma quadrilha que praticava roubos a caixas eletrônicos e assaltos a ônibus de turismo, além de sequestros e homicídios. O grupo atuava também no Paraguai.

Trinta e nove mandados de prisão (21 temporárias e 18 preventivas) foram autorizados pela 1ª Vara Criminal de Curitiba. Segundo a PF, até o final da manhã 39 pessoas foram presas, dos quais dois no RS, seis em SC e 36 no PR, nas cidades de Curitiba e região metropolitana. Além destas, uma 40ª pessoa foi presa em flagrante durante a operação, segundo a PF, mas o motivo da detenção não foi divulgado. Ao todo, 300 policiais federais, civis e militares participam da operação.

O agente Marcos Koren disse ao UOL Notícias que "o grupo era especializado em arrombar caixas eletrônicos e sequestrar funcionários de agências bancárias para cometer os assaltos". Segundo ele, já foram identificados 15 casos de assaltos a terminais dos bancos Itaú, Santander, Caixa e da cooperativa de crédito Sicredi no Paraná e Santa Catarina.

Em Santo Del Guairá, no Paraguai, o mesmo grupo é suspeito de ter sequestrado funcionários de um banco daquele país, o Continental, em maio deste ano, quando foram roubados cerca de R$ 1 milhão.

Segundo as investigações, em Curitiba, a quadrilha visava caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal instalados em terminais de ônibus. O prejuízo, segundo cálculo da própria PF, chega a R$ 2 milhões.

Koren disse que durante as investigações, policiais e quadrilha chegaram a entrar em confronto em quatro ocasiões. Parte do bando escapou para o Paraguai, onde dois integrantes foram mortos em confronto com forças policiais locais.

Os presos, ainda em número desconhecido, ficarão à disposição da Justiça nos quatro presídios federais espalhados pelo país, entre eles Catanduvas, no oeste do Paraná.

Os bandidos são considerados, segundo o agente Koren, "de alta periculosidade". Por isso, o grupo de policiais que participa da operação desta terça-feira foi recrutado entre unidades de elite das três polícias, como o COT (Comando de Operações Táticas) e o Grupo de Pronta Intervenção da PF de Brasília e Porto Alegre, além da Rone (Rondas de Natureza Especial) e COE (Comando de Operações Especiais), da PM do Paraná, e unidades antissequestro da Polícia Civil do Estado.

A quadrilha também é suspeita de ter se especializado em assaltos a ônibus de turismo que vinham da tríplice fronteira e roubo de carros na região de Joinville, no norte de Santa Catarina.