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Agência de mergulhos é fechada após denúncia de assédio sexual a turista em Porto de Galinhas (PE)

Aliny Gama e Carlos Madeiro

Do UOL Notícias, no Recife

30/12/2011 18h14

A Polícia Civil de Pernambuco está investigando uma agência de mergulhos localizada na praia de Porto de Galinhas (a 70 km de Recife), no município de Ipojuca. Um dos instrutores da empresa é acusado de assediar sexualmente uma turista durante um passeio. Ele nega.

O caso começou a ser investigado no início desta semana, após a denúncia de uma estudante universitária de 19 anos, que afirmou ser vítima de um instrutor da agência Ocean Dive, uma das maiores empresas do setor do balneário. Segundo a turista, ele teria puxado a parte de cima do biquíni dela e tocado em um dos seus seios durante um mergulho nas piscinas naturais da praia. A vítima prestou queixa do instrutor, que foi chamado para averiguação, mas acabou liberado por falta de provas.

Por conta da denúncia, nesta quinta-feira (29), a prefeitura de Ipojuca fez uma inspeção no local e determinou o fechamento da agência, alegando falta de alvará para funcionamento. A prefeitura também informou que está fiscalizando todas as empresas que atuam no setor para saber se elas têm autorização para atuação no município e se os profissionais são qualificados para instrução de mergulhos.

No início da semana, um computador com fotografias de partes íntimas de mulheres foi apreendido pela polícia. Entre o material que estaria na máquina eram fotos de partes íntimas de uma mulher, que pode ser uma cliente. Além dessas fotos, a polícia encaminhou o disco rígido do equipamento para o Instituto de Criminalísticas para investigar essas e outras possíveis imagens que passaram pela máquina.

O delegado de Porto de Galinhas, Paulo Rameh, disse na tarde desta sexta-feira (30) ao UOL Notícias que não repassaria mais detalhes da investigação à imprensa por conta de “informações irresponsáveis” que teriam sido publicadas na imprensa do Recife. “A investigação está caminhando”, resumiu, assegurando que, ao fim do caso, pode convocar uma entrevista coletiva para dar detalhes do inquérito.

A reportagem conseguiu contato o instrutor da empresa acusado de assédio, identificado apenas como Sandro. De forma sucinta, ele afirmou que a denúncia de assedio sexual é “mentirosa” e afirmou que as fotos encontradas não são de mergulhos instruídos pela empresa.

“Desconheço a origem dessas fotos, se é que existem. São sei a quem pertencem, nem se foram tiradas em Porto”, disse Sandro, destacando que “não quero entrar em detalhes e tudo que tinha de falar já contei ao delegado”.