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MST ocupa nove prefeituras e promete mais invasões por melhorias na educação na Bahia

Sem- terra do MST ocupam prefeitura de Prado (BA) por melhores condições na educação do Estado - Divulgação/Prefeitura de Prado
Sem- terra do MST ocupam prefeitura de Prado (BA) por melhores condições na educação do Estado Imagem: Divulgação/Prefeitura de Prado

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

13/01/2012 12h27

Cerca de 3.500 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocupam, nesta sexta-feira (13), a sede de nove prefeituras no interior da Bahia. O protesto é por melhorias nas escolas e no apoio a estudantes do campo.

A ação começou na terça-feira (10), quando sete prefeituras foram ocupadas. No dia seguinte, mais duas foram invadidas pelos trabalhadores. As últimas duas ocupações ocorreram nesta quinta-feira (12), nas sedes das prefeituras de Mucuri, no sul do Estado, e de Santo Amaro, no recôncavo.

Das 11 prefeituras que chegaram a ser ocupadas, apenas em duas já foram desocupadas --Tabelas e Itajuípe--, já que os prefeitos prometeram sanar os problemas apontados pelos trabalhadores. O prazo dado para solução das reivindicações é até março. Caso contrário, os trabalhadores prometem voltar a ocupar o prédio em abril.

O MST ainda ameaça invadir outras prefeituras este mês. A conta, segundo a direção, pode chegar a 25 prédios ocupados até o dia 31. O movimento diz que vai engajar 5.000 trabalhadores na mobilização.

O MST informou que o protesto está sendo realizado este mês para evitar que os alunos comecem o ano letivo de 2012 com situações precárias nas escolas e sem o transporte escolar.

Segundo o dirigente estadual do MST, Evanildo Costa, as ocupações são uma forma de protestar contra os diversos tipos de precariedade da educação na zona rural baiana. Ele informou que um protesto semelhante ocorreu no ano passado, mas os prefeitos não teriam agido para pôr fim aos problemas.

“Temos casos de assentamentos que o ônibus escolar fica 30 dias quebrado, e as crianças tem que ir para a escola a pé. Tem crianças que andam 15 km para estudar. Muitas delas estudam em escolas improvisadas, porque o prefeito não consegue construir ou fazer a reforma necessária. Faltam até mesa de professor, quadro negro para dar aula, além da precariedade das estradas”, disse.