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Polícia Civil do Rio ouve funcionários que ficaram feridos em explosão na zona portuária

Do UOL, em São Paulo

01/02/2012 18h20

A Polícia Civil do Rio já ouviu as duas vítimas da explosão ocorrida na última segunda-feira (30) na área de operação da empresa Triunfo Logística, subsidiária da Petrobras, no Armazém 30 do cais do porto. O acidente matou o mecânico Rafael Martins de Souza, 35, que trabalhava no local, e deixou outros dois funcionários feridos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o inquérito conduzido pela 17ª DP (São Cristóvão) já colheu os depoimentos de Paulo Bento Pereira e Carlos Ribeiro, ambos de 52 anos e funcionários da Triunfo. Pereira foi ouvido no hospital particular em que está internado --e cujo nome não foi divulgado. Um terceiro funcionário da Triunfo também foi ouvido.

Ainda conforme a assessoria da polícia, o resultado da perícia realizada no local depois da explosão fica pronta no prazo de 15 a 30 dias.

Também hoje, a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), que administra o porto, informou em nota que só vai se pronunciar após a conclusão da investigação na 17ª DP e as análises coletadas pelos técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente).

Segundo a nota, até o momento em que ocorreu o acidente a CDRJ não tinha indícios de que havia óleo na galeria de águas pluviais. A nota informou também que foi feita uma barreira de contenção na saída da galeria para evitar que a Baía de Guanabara fosse contaminada e que o local onde houve o acidente ficará isolado.

"Ainda não se sabe a origem do óleo e nem por onde ele entrou na galeria pluvial. Essa apuração demorará ainda mais um tempo, pois terá que ser feito um rastreamento nas galerias e aguardar a análise do óleo encontrado no local que foi coletado".

Óleo no local da explosão

A explosão ocorreu na manhã do dia 30 de janeiro em um bueiro de água pluvial localizado em uma área arrendada pela empresa Triunfo. Após o acidente, policiais civis e equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e do Inea periciaram a área. Tanto a CEG (companhia de gás estadual) quanto a Docas informaram, no dia, que os funcionários realizavam serviços de solda próximo à área da explosão.

No mesmo dia, porém, parecer de agentes do Inea que estiveram no local indicou que uma quantidade “considerável” de óleo vazou para a galeria que explodiu. Segundo o órgão, o dano ambiental foi controlado porque na ligação da galeria com a baía de Guanabara havia uma boia cercada por uma barreira de contenção, o que, afirma o Inea, impediu que o combustível se espalhasse pelo mar.

O Inea investiga ainda se uma operação de derivados de petróleo para Manguinhos, que ocorreu na área do Armazém 30 na noite do último de domingo (29), pode ter contribuído para a presença de óleo na galeria de águas pluviais. A tubulação da refinaria não fica perto da região, e no momento da explosão a operação já havia sido encerrada.

A companhia Docas do Rio, que administra o porto, foi notificada pelo Inea a fornecer um mapeamento da região para identificar possíveis oleodutos ou outras fontes que possam ter originado o vazamento do óleo. (Com Agência Brasil)