Conselho Tutelar deve negociar saída de crianças acampadas com grevistas na Bahia
Representantes do Conselho Tutelar devem negociar com os responsáveis a liberação de crianças e adolescentes que estão acampados com integrantes do movimento grevista da Polícia Militar no interior da Assembleia Legislativa, em Salvador. À noite, três crianças deixaram o local, acompanhadas de um adulto. A paralisação de policiais militares, que teve início na última terça-feira (31), levou as principais cidades da Bahia a sofrer uma onda de assaltos e mortes.
O Ministério Público Estadual solicitou à Justiça a retirada das crianças e o Juizado da Infância e da Adolescência concedeu liminar, na tarde desta segunda-feira (6), acatando o pedido. A solicitação também foi feita pelo coordenador do Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente), Waldemar Oliveira. Os policiais amotinados dizem não ter recebido comunicação oficial sobre a determinação da Justiça.
No começo da tarde desta segunda-feira (6), o líder do movimento grevista, Marcos Prisco, afirmou que os manifestantes estão preocupados com as crianças e mulheres que estão lá dentro.
Segundo Prisco, cerca de 2.000 pessoas estão dentro do prédio do Legislativo baiano. O Exército, que cerca o prédio o local, não soube estimar o número de ocupantes, que estão no local desde a semana passada.
Mais cedo, soldados do Exército lançaram bombas de efeito moral e dispararam balas de borracha contra policias grevistas que estavam do lado de fora da Assembleia e que tentavam entrar no local. Segundo a Folha. com, há pelo menos dois manifestantes feridos, além de um cinegrafista de TV.
De acordo com Prisco, os grevistas não vão deixar a Assembleia até que sejam revogados os pedidos de prisão de 12 grevistas, além da concessão da anistia irrestrita para os grevistas e o pagamento de gratificações.
“Mais que isso agente não pode ceder, porque isso são direitos. Essa é a condição para sairmos daqui”, disse Prisco ao UOL por telefone.
São foragidos, diz presidente da Assembleia
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), disse hoje que pediu ao Exército a desocupação do prédio-sede porque “o Poder Legislativo não pode servir de esconderijo para os foragidos da lei.” Segundo Nilo, há cerca de 200 a 250 policiais armados dentro do prédio.
“Durante sete dias conversamos com os grevistas para chegarmos a um denominador comum. Infelizmente não chegamos a um acordo, e eu preciso voltar à normalidade. Não tive outra alternativa a não ser procurar o general Gonçalves Dias [comandante da 6ª Região Militar]. E é público que existem 12 mandados de prisão em aberto, de pessoas que aderiram à greve, ou fizeram baderna, ou outro motivo, que não me cabe julgar. E eu não posso abrigar foragidos. Seria um ato de insubordinação”, afirmou o deputado, em entrevista à rádio Sociedade.
(Com informações da Agência Estado)
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