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Funcionários públicos retornam ao trabalho em Salvador

Do UOL, em Salvador e São Paulo

07/02/2012 11h45

Os funcionários das secretarias de governos, de sedes de estatais e dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo da Bahia puderam voltar ao trabalho nesta terça-feira (7), com a liberação do acesso deles ao Centro Administrativo da Bahia.

O acesso, de veículo ou a pé, é liberado pelos militares do Exército, que cercam a área desde ontem, mediante a comprovação do trabalho no local, com crachá. "O acesso foi suspenso ontem como medida cautelar, porque o local não estava seguro", afirma o tenente-coronel Márcio Cunha, da Comunicação do Exército.

Cerca de mil homens das Forças Armadas isolam cerca de 300 PMs e seus familiares, que estão em greve desde a última terça-feira (31) e continuam amotinados na Assembleia Legislativa desde a manhã de ontem. Conflitos entre as partes registrados deixaram seis feridos.

De acordo com o chefe do setor de comunicações do Exército, o tenente-coronel Márcio Cunha, está descartada a possibilidade de invasão da Assembleia. O local, que está sem fornecimento de água e luz, teve comida liberada nesta terça-feira.

De acordo com Cunha, a ocupação do Exército no local tem fins pacíficos. "O general Gonçalves Dias determinou que fizéssemos essa área de isolamento para que as negociações pelo fim da manifestação ocorram de forma pacífica", afirmou. "Eventuais violências contra nossa tropa, porém, serão respondidas com a intensidade necessária", afirmou ontem.

Entenda a greve

A paralisação na Bahia foi deflagrada na última terça-feira (31) por parte da categoria, liderada pela Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra). Doze mandados de prisão foram expedidos contra policiais militares que lideram o movimento, mas apenas um foi cumprido: o soldado Alvin dos Santos foi preso na madrugada de domingo (5) pelo comandante do batalhão, major Nilton Machado, sob a acusação de formação de quadrilha e roubo de veículos da Polícia Militar.

Cerca de 300 policiais militares estão amotinados dentro da Assembleia Legislativa em Salvador, cercados pelas forças federais, que negociam o fim da greve. Marcos Prisco, que é presidente da Aspra, chegou a afirmar que cerca de 2.000 pessoas já estiveram dentro da Assembleia.

Na segunda-feira, soldados lançaram bombas de efeito moral e dispararam balas de borracha contra policias grevistas que estavam do lado de fora e que tentavam entrar no local.

De acordo com Prisco, os grevistas não vão deixar a Assembleia até que sejam revogados os pedidos de prisão de 12 grevistas, além da concessão da anistia irrestrita para os grevistas e o pagamento de gratificações.


(Com Agência Estado)