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Hopi Hari reabre domingo, diz advogado

Parque foi local de acidente no dia 24 de fevereiro - Gabo Morales/Folhapress
Parque foi local de acidente no dia 24 de fevereiro Imagem: Gabo Morales/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

22/03/2012 13h08

Local do acidente que matou uma adolescente no mês passado, o parque Hopi Hari reabre no domingo (25), segundo um de seus advogados, o criminalista Alberto Toron. O parque está fechado desde o dia 2 após a adolescente Gabriela Nichimura, 14, morrer ao cair do brinquedo "La Tour Eiffel" em 24 de fevereiro.

No último dia 1º, o MP já havia determinado o fechamento do parque por dez dias para realização de perícias nos brinquedos. No dia 13 deste mês, ficou decidido que o parque ficaria fechado até o dia 22 para a conclusão das perícias.


Pelo menos 14 brinquedos mais radicais do Hopi Hari foram submetidos a perícias pela Polícia Técnica da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, profissionais do Crea-SP (Conselho de Engenharia e Arquitetura) e técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). São eles a Montezum, Vurang, Ekatomb, Vulaviking, Leva i Traz, Lokolorê, Evolution, Rio Bravo, Crazy Wagon, West River, Trakitanas, Simulákron, Giranda Di Musik e Dispenkito.

Entenda o caso

A adolescente Gabriela Nichimura, 14, morreu ao cair do brinquedo "La Tour Eiffel", conhecido como elevador. Ela usou uma cadeira que estava desativada há dez anos. A garota foi levada para o hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí (SP), mas não resistiu e morreu por traumatismo craniano seguido de parada cardíaca.

Depois do acidente, a polícia ouviu funcionários, visitantes e familiares da garota. Após a mãe da adolescente mostrar fotos tiradas minutos antes do acidente, verificou-se que a primeira inspeção havia sido feita no assento errado. A perícia na cadeira efetivamente usada por Gabriela constatou que a trava abria quando o brinquedo era colocado em atividade.

O parque fica no km 72,5 da rodovia dos Bandeirantes, no município de Vinhedo (SP). O brinquedo onde ocorreu o acidente tem 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Na atração, os participantes caem em queda livre, podendo atingir 94 km/h, segundo informações do site do Hopi Hari.

Parque fica no interior de SP

  • Arte/UOL

MP vê negligência

Na avaliação do Ministério Público houve negligência no sistema de operação do parque. "As pessoas que operavam não estavam devidamente capacitadas e orientadas para operar o brinquedo”, disse a promotora de defesa do direito do consumidor de Vinhedo, Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira.

Segundo ela, porém, “a pirâmide de responsabilização pelo acidente precisa ser construída dentro da hierarquia do parque”. A promotora disse ainda que o brinquedo tem "um sistema de segurança ineficaz, pois o travamento da cadeira dependia unicamente da ação humana, que é falível”.

Em nota, o Hopi Hari disse que está cooperando "irrestritamente com todos os questionamentos relativos ao caso" e reafirmou "seu total interesse na elucidação do caso, bem como seu compromisso com a segurança de todos os visitantes".