PM escolta ônibus para garantir transporte durante greve dos rodoviários em Natal
As greves dos rodoviários em Natal e em São Luís ainda seguem causando transtornos à população das duas capitais nordestinas nesta quinta-feira (17). Os prejuízos, porém, estão sendo reduzidos por conta de decisões judiciais, que obrigaram os grevistas a manter porcentagem mínima de veículos nas ruas.
Em Natal, a PM (Polícia Militar) está desde as 3h da madrugada de hoje nas garagens das empresas de ônibus para garantir a saída dos veículos, o que não ocorria desde segunda-feira.
Apesar da liminar que determinou 50% da frota em horários normais e 70% dos ônibus em circulação em horários de pico, o Seturn (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal), informou que apenas 30% da frota saiu às ruas.
Para garantir a circulação nas ruas, a PM está realizando rondas pelos itinerários das linhas de ônibus para evitar incidentes entre grevistas e trabalhadores que não aderiram à paralisação.
“A Polícia Militar garantirá ao cidadão natalense o direito de ir e vir, como também o direito do motorista que quiser voltar a trabalhar sem ser constrangido por colegas do movimento grevista”, disse a PM em nota. “A Polícia Militar não tolerará atos de vandalismo na saída dos ônibus das garagens das empresas de transporte coletivo de Natal.”
Até essa quarta-feira (16), não havia circulação de ônibus na capital potiguar, devido aos piquetes realizados por sindicalistas, que impediram a saída de coletivos das garagens.
Devido à greve total dos rodoviários, o Sintro/RN (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte), filiado à CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), foi multado em R$ 25 mil por dia de paralisação.
Em reunião ontem, os empresários aumentaram o valor da proposta inicial de 4,88% e ofereceram o reajuste inflacionário de 6%. Já os rodoviários não abrem mão de 14,3%, além do aumento do valor pago em vale-alimentação, que segundo o Sintro/RN, está defasado desde 2010.
Na segunda-feira (14), primeiro dia de greve, a polícia registrou a depredação de cinco ônibus dos sete que estavam circulando nas ruas. Os veículos tiveram os vidros quebrados ao serem atingidos por paus e pedras supostamente jogados por grevistas. Até ontem, o transporte coletivo na capital potiguar foi feito por ônibus particulares, táxis e outros veículos cadastrados na prefeitura de Natal.
Solução em São Luís
Em São Luís, a greve dos rodoviários deve ganhar novos rumos nesta quinta-feira (17) com o fim da paralisação. Devido ao impasse entre o Sttrema (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão), filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), e o SET (Sindicato das Empresas de Transporte), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) vai julgar qual será o reajuste dos salários dos trabalhadores.
Nesta tarde, a desembargadora vai apreciar o pedido de tutela antecipada feito pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) no dissídio coletivo ajuizado para garantir o funcionamento dos coletivos durante a paralisação dos rodoviários.
De acordo com o TRT, a decisão deverá sair às 16 horas, e, após o anúncio, os rodoviários devem voltar ao trabalho sob pena da greve ser considerada abusiva. As demais solicitações, como aumento do valor pago em vale-alimentação, custeio de planos de saúde etc. serão distribuídas para outros desembargadores analisarem.
A SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte) informou ao TRT que 53,7% da frota circulou durante esta quarta-feira (16), cumprindo a determinação da liminar, baixada na última segunda-feira (14), que durante a greve dos rodoviários deveriam ser mantidos 50% dos ônibus em funcionamento.
Apesar dos grevistas atenderem à determinação, a demora de coletivos causou problemas ontem. O fato causou indignação de moradores do bairro Cidade Olímpica, que fecharam ruas com pneus e queimaram galhos de árvores.
Segundo a polícia, o protesto também atingiu quatro ônibus que passavam pelo local. Os veículos foram depredados, e um deles teve princípio de incêndio, depois que manifestantes atearam gasolina em uma cortina dentro do veículo. Ninguém ficou ferido.
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