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Onça atropelada em rodovia é sacrificada em hospital veterinário do interior de São Paulo

Onça-parda foi atropelada em Bebedouro (SP) e perdeu os movimentos das patas traseiras - Divulgação/Polícia Ambiental
Onça-parda foi atropelada em Bebedouro (SP) e perdeu os movimentos das patas traseiras Imagem: Divulgação/Polícia Ambiental

Ellen Lima

Do UOL, em São José do Rio Preto (SP)

12/06/2012 08h43

A onça-parda atropelada na manhã de domingo (10) em uma estrada vicinal da rodovia Faria Lima, zona rural de Bebedouro (384 km de São Paulo), foi sacrificada na noite dessa segunda-feira por veterinários do Hospital Veterinário Alim Atique, especializado no tratamento de animais silvestres em São José do Rio Preto (440 km de São Paulo).
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A veterinária Tatiana Cruvinel, que atendeu ao animal, disse que ele foi muito manipulado após o acidente, e isso fez com que ele sofresse ainda mais. “Era um macho adulto lindo, mas tivemos de sacrificar”, afirmou Tatiana.

A onça havia sido socorrida pela Polícia Ambiental e levada ao Bosque Municipal de São José do Rio Preto, onde chegou por volta das 16 horas de domingo, e foi medicada com analgésicos e anti-inflamatórios. 

O veterinário do bosque, Bernard Von Shimovsky, informou ao UOL que o animal parecia ter fraturado a bacia ou a coluna vertebral e por essa razão ficou com as patas traseiras paralisadas. De acordo com o médico veterinário, era uma onça adulta, macho, com 50 quilos e aparentava ser muito saudável e bem alimentada.

“Esses animais vivem em canaviais e acabam atropelados depois de disputar territórios com outros machos. Eles saem correndo das matas e acabam vítimas em rodovias.”

O veterinário afirma que cresceu o número de ocorrências com onças devido à proibição de caça, que fez aumentar a população dos animais. Neste caso, a Polícia Ambiental foi acionada pelo autor do atropelamento.

 As onças-pardas não costumam atacar pessoas -- sua cadeia alimentar inclui animais de pequeno porte e aves. O animal é considerado a segunda maior espécie de felino do Brasil, perdendo apenas para a onça pintada.

“Na região de São José do Rio Preto não há registros da existência de onça pintada. Mas há muitas pardas”, informa Shimovsky, que é acionado sempre que um animal se acidenta nas rodovias.