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Polícia do Maranhão divulga retrato falado de suspeitos de sequestrar menino de cinco anos

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

03/07/2012 17h03

A polícia do Maranhão divulgou os retratos falados dos supostos sequestradores de um menino de cinco anos que está desaparecido desde a última quarta-feira (27), depois que foi levado por dois homens que invadiram a residência da família na cidade de Imperatriz (617 km de São Luís).

Até agora não houve nenhum contato dos seqüestradores com a família de Pedro Paulo Lemes Mellado, que oferece o valor de R$ 10 mil de recompensa para quem fornecer informações à polícia que levem ao cativeiro da criança.

No fim de semana, a PC (Polícia Civil) enviou as imagens dos sequestradores e da criança para todas as delegacias dos Estados do Pará, Tocantins, além do Maranhão, para que ajude na localização do cativeiro de Pedro Paulo.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também está ajudando no trabalho de localização do garoto e, desde essa segunda-feira (2), distribui os retratos falados dos seqüestradores e a foto do garoto aos motoristas que passam pelas fronteiras do Estado.

Angústia

Nesta terça-feira completaram-se sete dias de angústia e desespero vividos por Elizangela e Jurandir Mellado, pais de Pedro Paulo,. Hoje, Mellado fez um apelo numa rádio de Imperatriz pedindo que os sequestradores entrem em contato com a família do garoto e pedindo que a população não passe informações falsas e pare de passar trotes para não prejudicar o trabalho da polícia.

“Os pais estão apelando para que os meios de comunicação divulguem as imagens e pedem que os seqüestradores entrem em contato com a família do garoto. Estive eles que se mostraram desesperados porque não houve nenhum contato dos homens que levaram a criança. Nesses casos a primeira coisa que os sequestradores fazem é o contato com a família para começar a negociação do resgate”, disse Paiva Júnior.

A família da criança também está preocupada com a saúde do garoto porque ele tem intolerância à lactose, além de alergias a alguns medicamentos e necessita tomar algumas vacinas.

O sequestro

No início da manhã da última quarta-feira uma das empregadas da casa foi rendida por dois homens, que chegaram em uma moto, e entraram no imóvel.

O pai do garoto, Jurandir Mellado, estava viajando quando ocorreu a invasão. A mãe e a criança ainda dormiam quando foram surpreendidos pelos sequestradores, que estavam de capacete para dificultar a identificação. O menino foi levado de pijama pelos sequestradores.

Em depoimento à polícia, Elizangela contou que os homens começaram a procurar objetos de valor, dinheiro e jóias, mas nada foi encontrado. Na fuga, os homens pediram a chave do carro da família e levaram Pedro Paulo e a babá, que não teve o nome divulgado. A empregada foi libertada horas depois, em São Miguel do Tocantins (TO),  a 17 km de Imperatriz, localizado na divisa entre os Estados do Maranhão e do Tocantins.

A babá contou a polícia que os sequestradores mandaram informar a família que queriam R$ 500 mil de resgate, mas até agora nenhum contato foi feito.

O carro levado pelos sequestradores foi encontrado abandonado na cidade de Sítio Novo do Tocantins (TO), a 21km de Imperatriz, no mesmo dia do sequestro.

Reforço

De acordo com o superintendente da PC do Interior do Maranhão, Jair de Lima Paiva Júnior, mais de 30 homens – da PC e da Polícia Militar – foram enviados de São Luís para reforçar o trabalho da delegacia regional de Imperatriz para encontrar o menino.

Três delegados da Seic (Superintendência de Investigações Criminais), além do delegado regional de Imperatriz, Francisco de Assis de Andrade Ramos, estão trabalhando no caso.

As buscas envolvem dois helicópteros do GTA (Grupo Tático Aéreo), que estão sobrevoando áreas de zona rural de difícil acesso no Maranhão e em Tocantins. “Os helicópteros estão rastreando fazendas do Maranhão e principalmente de Tocantins porque a babá do menino foi deixada na fronteira do Estado”, disse Paiva Junior, destacando que a polícia está trabalhando com absoluto sigilo nas investigações.

A polícia investiga como os sequestradores obtiveram informações da família e que o pai da criança não estava em casa no momento do sequestro.