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Prédio no centro do Rio é desocupado pela Defesa Civil após registro de tremores

Do UOL, no Rio

27/08/2012 16h05

A Defesa Civil do município do Rio de Janeiro desocupou, em caráter emergencial, um prédio comercial situado no centro da cidade após relatos de que o edifício teria sofrido tremores por volta das 13h desta segunda-feira (27).

Após a retirada das pessoas que trabalham no local, técnicos realizaram uma inspeção na estrutura do imóvel e não constataram problemas.

Segundo as informações oficiais, o procedimento de evacuação contou com o auxílio do Corpo de Bombeiros, e mais de cem pessoas tiveram que deixar o prédio --localizado na rua Visconde de Inhaúma, região na qual há diversas obras do projeto de revitalização da zona portuária, o Porto Maravilha.

Para a Defesa Civil, tais obras podem ter provocado os tremores. Por volta de 13h30, o imóvel de 21 andares foi liberado para ocupação.

Desabamento na 13 de Maio

Em janeiro deste ano, três prédios desabaram na avenida Treze de Maio, próxima ao Theatro Municipal, sendo o edifício Liberdade, que tinha 20 andares, o maior deles. O acidente provocou 17 mortes e deixou cinco pessoas desaparecidas. A Polícia Federal, que assumiu o caso após investigações da 5ª DP (Gomes Freire), indiciou sete pessoas por desabamento culposo qualificado com resultado de homicídio culposo.

Entre os indiciados estão Sérgio Alves, sócio da empresa Tecnologia Organizacional (TO), Cristiane do Carmo Azevedo, gerente administrativa da TO e Paulo Renha, síndico do prédio, além de Vanderley Muniz, Gilberto Figueiredo, Alessandro da Silva e André Moraes, operários que executavam as obras da TO no 9° andar do edifício Liberdade. Todos devem responder ainda por dano a bem tombado pela União, já que o Theatro Municipal acabou sendo afetado.

Segundo a PF, baseado em depoimentos e perícia indireta, a derrubada de quatro paredes de concreto de um prisma de ventilação que começava justamente no 9° andar teria sido um das intervenções mais relevantes para que o prédio desabasse. Uma outra parede desse prisma já havia sido derrubada em 1959, para a construção de um puxadinho, onde foi criado uma copa no lugar.

O síndico do prédio e proprietário do 9° andar, Paulo Renha, no entanto, embora soubesse da obra antiga, teria entregado um planta com um desenho alterado em 2001 para os órgãos competentes quando pretendia construir salas comerciais no lugar, por isso ele deve responder ainda por falsidade ideológica.